ELE por ELE

Uasler Valdieri

Por: Reynaldo Formaggio | Categoria: Entretenimento | 11-09-2022 10:44 | 4588
Uasler Valdieri Silva
Uasler Valdieri Silva Foto: Reprodução

“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que não se veem” (Hebreus 11:1). Certamente fé é o que não falta na vida e trajetória de nosso entrevistado. Foi no pequeno povoado de Goianases, no munícipio de Capetinga que, há 34 anos, Uasler Valdieri Silva deu seus primeiros passos. Pessoa tranquila, comprometida e focada. Profissional dedicado, estudioso e colaborativo. Casado com a jornalista Bruna Silffer e também atuando na área da comunicação, Uasler dá seu testemunho de fé e mira um futuro de muita evolução no âmbito pessoal e profissional.

Uasler, nos conte sobre suas origens. De onde veio a inspiração para seu nome?
Nasci em Goianases, distrito de Capetinga. Meu pai, João Batista Silva, sempre trabalhou em fazendas e minha mãe, Jorgina Rodrigues Silva, cuidava da casa. Sou o quinto de sete filhos. Quanto ao meu nome, imagino que inventaram, misturaram nomes, tenho um irmão chamado Uesler, mas Uasler acho que é o único da América Latina! (risos) E Valdieri vem da minha avó materna, com raízes italianas.

Onde você estudou? Algum professor em especial o marcou?
Ainda pequeno nos mudamos para o município de São Sebastião do Paraíso e me marcou a Escola Napoleão Volpe, que funcionava em tempo integral. Era tranquilo, não faltava e sempre fui bem nos estudos.

Você também morou em diversas localidades, certo? Nos conte sobre sua trajetória.
Depois de Paraíso nos mudamos para Franca. Lá comecei vendendo picolés e o pessoal da Gráfica União comprava muito de mim. Daí surgiu uma oportunidade e comecei a trabalhar lá. Meus pais retornaram a Paraíso e aos 18 anos fiquei sozinho em Franca. Adquiri uma grande experiência na parte gráfica, mercado editorial e fiz faculdade de Marketing. Também dei aulas de Matemática no cursinho pré-vestibular da Unesp. Foi uma experiência muito bacana! Na sequência me mudei para Ribeirão Preto para trabalhar no setor de call center da Embratel. Também atuei como corretor de imóveis, fiz curso técnico de transações imobiliárias em São Paulo. Fiquei por mais uns dois anos em Ribeirão atuando nesta área quando retornei a Paraíso. Aqui trabalhei como mototaxista, motorista de aplicativo e também na área de vendas em uma empresa de consultoria e gestão. Atualmente curso graduação em Sistemas de Informação.

Como se deu sua chegada à TV? Quais funções desempenha atualmente?
Foi através da minha esposa, a jornalista Bruna Silffer. A TV Sudoeste estava precisando de um profissional para assumir a função de máster, fui indicado e entrei. O profissional máster é responsável, entre outros, por montar e colocar a programação no ar, toda a parte de auxílio de estúdio, também trabalho um pouco na edição. Pela minha formação em marketing, já tinha uma certa bagagem, mas são programas muito específicos, softwares especiais e aprendemos constantemente na prática. Procuro sempre aprimorar o conhecimento.

Gosta de trabalhar nos bastidores ou tem vontade de ir pra frente das câmeras?
Não tenho esta pretensão, um projeto em mente nesse sentido. Às vezes auxilio a Bruna em alguns projetos. Mas quem sabe?

Canais na internet, streaming, podcast, videocast... Acha que as mídias tradicionais como rádio e TV estão com os dias contados?
Não creio que estejam com os dias contados. Estes veículos representam uma grande bagagem cultural. O que vemos hoje são melhorias constantes. É difícil acompanhar, estar sempre atualizado. Esta parte digital nem todos ainda acompanham. Os aplicativos auxiliam muito, chamar um über, a questão da mobilidade... Hoje me adapto muito bem ao meio digital, acredito muito nos aplicativos, acho muito bacana os podcast’s, videocast’s... Mas não se extinguirão as demais mídias, assim como não acabou o cinema. As histórias desses veículos são muito bonitas!

Você também é muito ligado às artes em geral. Na sua opinião qual a importância da cultura para a sociedade?
A cultura não perde sua raiz, mas se modifica. Vemos o e-book e lembramos da antiga datilografia. Hoje temos por exemplo as bibliotecas digitais. Sempre precisamos da cultura. A quantidade de produção e diversidade cultural aumentou muito. Mas em contrapartida, para produzir um álbum de música havia muito mais pesquisa, um conceito, um tempo diferente de criação do que vemos atualmente, que precisa de rapidez e quantidade. A cultura e as artes se adequam ao tempo, mas sempre são importantíssimas.

Como conheceu sua esposa (a jornalista Bruna Silffer)? O que mais admira nela?
O primeiro contato foi quando trabalhava como motorista de aplicativo e atendi ela e a Patrícia Duarte. Depois fomos realmente apresentados por um amigo em comum e nos conhecemos melhor. Fazíamos parte de um grande grupo de amigos, todos solteiros, o grupo Friends. Aí foi evoluindo, a gente se deu as mãos e não soltamos mais. Moramos juntos e estamos muito felizes! A primeira vez que a vi a achei com jeito de doutora! A Bruna é doutora, artista, psicóloga! (risos) Me ensinou a gostar de gatos. Hoje temos a Sabrina Spellman e a Chloe Decker, essa tem o nome inspirado na série Lúcifer, que por sinal recomendo. E ainda tivemos a Wendy, que morreu e a Medusa, que sumiu. Admiro muito a Bruna, ela sempre me surpreende com novas qualidades.

O que gosta de fazer nas horas vagas? Tem algum hobby?
Consumo quase 24 horas da minha vida mídias, celular, internet... Maratonamos muitas séries, filmes. E também gosto de cozinhar!

O que acha que falta em Paraíso e que agregaria em uma cidade do porte da nossa?
Gosto muito daqui! Já viajei muito pelo interior de Minas e nossa cidade é uma das melhores, com certeza. É uma cidade pequena, tranquila, segura em comparação aos grandes centros. O mineiro em geral é muito receptivo, ligado à família, aos amigos, somos mais próximos e não tem a correria de uma capital por exemplo. Poderia sim ter mais peças teatrais, mais condições para que o pessoal das artes desenvolvesse seus trabalhos, um shopping... E também preservar a tranquilidade. Vejo uma cidade bem desenvolvida no contexto em que se encontra.

No que você acredita?
Sou muito católico. Já fui catequista, fiz muitos cursos para crescimento espiritual, passei por diversos movimentos dentro da igreja, TCL – Treinamento de Liderança Cristã, Carisma, Juma, Jovens Sarados... Hoje sou da liturgia da Paróquia São Judas Tadeu. Acredito que a grande mudança é que o ser humano busque se tornar melhor. Independente de religião, buscar compreender o significado de todas as coisas. A partir do momento em que ele tenha fé, em cada coisa, tudo se transforma. Se doar para mim também é muito importante!

Uasler, quais são seus planos futuros? Tem algum grande sonho a realizar?
Me profissionalizar cada vez mais. Desenvolver sempre a comunicação, tão importante, sempre me aperfeiçoar como pessoa e profissional. Evoluir pessoal, profissional e intelectualmente. Busco o amadurecimento e o conhecimento empírico. O grande sonho é ter minha família bacana, feliz e com saúde. Um plano futuro é me mudar para Portugal e construir uma família. É se programar e planejar que tudo dá certo!