Hoje, eu fui buscar a feijoada do SOS. Entrei no carro como se fosse um dia qualquer. Algo me dizia o contrário. Cheguei na rua Pimenta de Pádua, 805.
Ruth recebeu-me com um imenso sorriso do tamanho do oceano. As flores irradiavam alegria na porta do Serviço de Obras Sociais Os olhos da anfitriã brilhavam como criança em 25/6. Que alegria era aquela? Não sei dizer.
Conheci o pessoal da cozinha. Tinha calor humano. Algo era diferente na comida. O tempero era de esperança de dias melhores. Tinha um delicioso cheiro de carinho.
O que era aquilo? Eu não sei explicar. Apenas consigo sentir e mais nada.
Ficou em mim a sensação que eles faziam aquilo por amor ao próximo. Um contentamento inexplicável.
Peguei a minha sacola e vim embora. Acho que trouxe algo além do pacote. O que seria? Não sei dizer. Faltam-me palavras.
A parede estava bem pintada, a cozinha organizada, as flores nem tem como dizer. A esperança estava presente. Mas o sentimento não é invisível? Pode ser, mas nada escapa a sensibilidade da alegria em esperar um amanhã melhor.
Agradeço o carinho de todos como me receberam de forma muito acolhedora. Vocês não sabem a minha felicidade. Tem coisas na vida que não têm preço. A amizade vale uma fortuna.
Ivan Maldi