No dia 7 de abril de 2023, foi sexta-feira da paixão, dia que representa a crucificação de Jesus Cristo.
Como tradição da minha família, fui até a casa da minha mãe naquela manhã para rezarmos a via sacra. Já havia comprado chocolates para minhas filhas, pois no final de semana comemoraríamos a Páscoa.
Logo eu que há anos "vivo" nas estradas, nunca tinha sofrido um acidente, e na tarde daquela sexta feira, o que eu nunca imaginava aconteceu: um acidente como passageira.
Fui arremessa para fora do carro e levada inconsciente para a Santa Casa, onde fui atendida prontamente pelos profissionais da saúde.
Sofri politraumatismo, fraturei o úmero, quebrei várias costelas com perfuração do pulmão, e tive traumatismo cranioencefálico.
O risco era alto, e eu tinha as mínimas chances de vencer, fiquei em coma induzido por 8 dias, despertei somente após o procedimento de traqueostomia, foram 13 dias de UTI, dos quais eu não me lembro nada, e mais 21 dias na enfermagem, dos quais eu só me recordo dos últimos dias antes de voltar para casa.
Tudo que sei são informações e relatos das pessoas que vivenciaram este momento comigo.
Retornei para minha casa no dia 11 de maio, respirando com a ajuda do oxigênio, e totalmente debilitada. Hoje já não uso mais o oxigênio, cadeira de rodas, ou qualquer auxílio para minha sobrevivência, estou a cada dia me sentindo melhor.
Portanto, quero agradecer imensamente a Fabiana Pimenta e ao Rafael Boareto, e demais pessoas que não sei discriminar, e que estiveram ao meu lado até o SAMU chegar.
Agradecer também todos funcionários da Santa Casa, médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, assistentes sociais, psicólogos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, aos analistas clínicos, biomé-dicos, cozinheiros e funcionários da limpeza.
Agradecer infinitamente a Cidinha Cerize, que, com toda maestria, está me ajudando no processo de reabilitação.
Agradecer à minha família que foi meu maior alicerce neste período. Aos meus amigos e todos aqueles que dedicaram um momento de seus dias em oração pela minha recuperação.
Eu não sei como agradecê-los eu só peço, ao nosso amado Deus que possa chegar às suas bençãos a cada um de vocês, aos seus familiares, aos seus trabalhos, da forma que cada um necessite.
E acima de tudo agradeço a Deus, que como um milagre, me deu a oportunidade de continuar a viver.
Deixo meu abraço caloroso, e minha eterna gratidão.
Cleo Duarte