Barretos*
Quando eu for
Deixa-me repousar na terra fria.
De vez em quando deposita-me flores
E reza uma Ave-Maria.
Não precisa de muitos louvores
Nem de túmulo de granito.
Quero sentir na relva molhada
O cheiro suave, sem brisa, sem ruídos.
Podes deixar-me neste último repouso
Ficar deitado nesta campa fria
Não derrames muitas lágrimas
Pois em vida, elas sempre me comoviam.
Não fiques recordando coisas passadas.
Mesmo que seja para enobrecer-me,
Neste instante nada significa
Para uma alma que teima em renascer.
*Dorivaldo de Oliveira Barretos. Natural de Passos, é Policial Militar aposentado. Reside em São Sebastião do Paraíso. Participou de vários concursos de poesia, e teve alguns trabalhos publicados em jornais da região e no exterior, ou seja, México, Chile, Argentina, Portugal, Itália, num intercâmbio do Instituto da Poesia Internacional, com sede em Porto Alegre. Concursos: Valores Literários do Brasil, promovido e patrocinado pelo Clube Literário de Brasília. 7.º Concurso Nacional de Poesias, patrocinado pelo Instituto da Poesia Internacional em Porto Alegre (RS). Concurso Raimundo Corrêa de Poesias, Rio de Janeiro, patrocinado e promovido pela Shocum Art Editora.