No último sábado, dezessete de agosto, o dia amanheceu muito triste com a partida de um grande mestre que nos deixou seu exemplo e sua alegria.
Apresentador de televisão, animador de auditório ímpar. Empresário de inteligência, intuição e sabedoria natas.
Palavras dele: “Para subir na vida, financeiramente, dez por cento é intuição (que chamam de sorte) o resto é suor na camisa”.
Símbolo de amor ao próximo. Sempre ajudando discretamente e aconselhando com poucas palavras, seus funcionários e amigos.
Preocupou até com a integridade física do bandido que sequestrou sua filha Patrícia e a ele próprio.
Sempre muito discreto na vida particular. Nos ensinou que nada de lamúrias, nem lágrimas. Sempre dizia cantando. “Da vida não se leva nada, vamos sorrir e cantar”.
Enquanto vida tivermos ele estará eternizado em nossas memórias com seu sorriso largo. Desde a pandemia, quando ele começou a ficar mais recluso, também em Orlando, mesmo trabalhando à distância e dirigindo o programa, aos domingos começaram a ficar mais monótonos. Ele sempre será insubstituível. O Covid não o levou, mas segundo dizem, o H1N1o levou.
Ele tinha sempre a intenção de voltar, mas os anos vividos já pesavam, noventa e três anos e oito meses (em doze de dezembro faria noventa e quatro anos). Assim foi vencido pela morte. A morte não se vende por dinheiro nenhum! Foi feito um velório discreto como ele sempre quis.
Fica seu legado, seus exemplos e ensinamentos. Nossos domingos, serão bem mais vazios sem ele.
Descanse em paz, Senhor Sílvio Santos Abravanel!...
Marene Lizareli Paes
Profª. Formada pela UEMG em Letras, Português, Inglês e suas Literaturas