Em um novo capítulo da Operação Midas, deflagrada pela Polícia Civil de Minas Gerais, um arsenal foi apreendido na tarde de quinta-feira,19, em um rancho no município de São José da Barra. A ação, coordenada pela 4ª Delegacia Regional de São Sebastião do Paraíso, resultou na descoberta de armas de alto calibre e uma quantidade significativa de munições.
Durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão, policiais localizaram um fuzil calibre .556, duas pistolas (uma .45 e outra 9 mm), além de um revólver calibre .357. O que mais chamou a atenção das autoridades foi a presença de quatro caixas de munições no calibre .556, além de uma grande quantidade de munições de calibres variados.
A operação não se limitou apenas ao armamento. No mesmo local, foram apreendidos também uma lancha, um veículo e um jet-ski, aumentando o rol de bens confiscados dos suspeitos. Anteriormente, em outro endereço do mesmo alvo em São Sebastião do Paraíso, outras armas já haviam sido apreendidas, demonstrando a amplitude do arsenal em posse do investigado.
Esta nova fase da Operação Midas dá continuidade a uma ação de grande envergadura iniciada naquela manhã, que mobilizou mais de 150 policiais, incluindo apoio aéreo e o grupo especializado CORE. A operação é fruto de uma investigação que se estendeu por quatro anos, focando em um esquema de lavagem de dinheiro e organização criminosa que atuava em diversas cidades da região.
Na primeira fase da operação, foram cumpridos 37 mandados de busca e apreensão em cinco cidades do Sul de Minas: São Sebastião do Paraíso, Passos, Guaxupé, Guaranésia e Piumhi. O resultado foi impressionante: 75 veículos apreendidos, incluindo carros de luxo como Porsche, Audi e BMW, além de 28 caminhonetes e diversas motocicletas.
Onze mandados de prisão preventiva foram executados, com nove prisões em São Sebastião do Paraíso, uma em Piumhi e uma em Guaranésia. As autoridades também apreenderam joias e uma quantidade significativa de dinheiro em espécie e cheques, ainda em processo de contabilização.
A Justiça determinou o sequestro de 17 imóveis, entre casas e terrenos, e o bloqueio de mais de 120 contas bancárias ligadas ao esquema criminoso. Estima-se que o grupo tenha movimentado cerca de R$ 80 milhões ao longo dos anos de atuação, e a operação visa recuperar aproximadamente R$ 60 milhões em ativos.
As autoridades policiais afirmam que esta é apenas a primeira fase da operação, com alvos em outros estados ainda a serem investigados. A próxima etapa envolverá uma análise minuciosa dos dados coletados, o que pode levar a novos desdobramentos e revelar a extensão total deste complexo esquema criminoso que atuava na região.