OPINIÃO

Eleições majoritárias 2026 em Minas: três grupos na disputa e fortes nomes

Por: Redação | Categoria: Do leitor | 15-11-2024 00:01 | 18
Foto: Arquivo

Fábio Caldeira

No campo da política, com os resultados das eleições municipais no Brasil e a vitória absoluta de Trump nos Estados Unidos, os olhos dos principais atores políticos e partidos brasileiros se voltam para a grande batalha de 2026, em disputa os mandatos de presidente, governadores, duas vagas de senador por estado, deputados federais e deputados estaduais.

Nos bastidores as movimentações já acontecem. Por suposto muito ainda se dará, desde a quantas estará a economia nacional até as consequências do governo Trump na maior potência do planeta.

Em se tratando de eleições majoritárias, estarão na disputa duas vagas na chapa presidencial (Presidente e Vice), e nos estados duas para o governo (Governador e Vice), e seis para o Senado (Dois senadores e dois suplentes cada um). Os partidos deverão ser estratégicos nas definições dos nomes e alianças, primeiro passo para estar efetivamente na briga.

No caso de Minas Gerais, de início cabe enfatizar que o governador Zema está em seu segundo mandato e não pode se candidatar ao mesmo cargo. Percebe-se que três grupos já se movimentam com seus respectivos nomes para se tornarem competitivos para as eleições majoritárias. No campo do centro para a esquerda, são falados os nomes do Presidente do Senado Rodrigo Pacheco (PSD), do destacado e atuante Ministro do governo Lula Alexandre Silveira (PSD) e da prefeita de Contagem Marília Campos (PT).

No campo do centro para a direita há uma divisão em dois grupos, que ou se acertam e compõem ou tendem a rachar e encerrarem as eleições em um abraço de afogado. Um deles liderado por Zema, que pode ser candidato ao Senado ou compor uma chapa presidencial; o vice-governador Mateus Simões, com o foco na candidatura ao governo do Estado, e Marcelo Aro, que já manifestou pretensão de candidatura ao Senado. E no outro grupo do campo ideológico da direita se apresentam pelo PL o Senador Cleitinho e o deputado Nikolas.

Não há o menor indicativo de como poderia se dar a composição entre os grupos da direita. Ou ao menos, se daria. A certeza que vontades pessoais ficam fragilizadas e que as decisões terão origem em Brasília, vinculadas a definições das alianças das candidaturas presidenciais e caberão às direções partidárias estaduais e aos pretensos nomes acatarem, mesmo a contragosto.

 Até porque o foco absoluto dos partidos é a eleição para presidente. Pelo campo da esquerda a permanência no poder e pelo campo da direita o retorno ao posto mais alto da república.

Teremos 2025 muitas conversas e articulações. Dentro dos nomes para as eleições majoritárias em Minas dois podem e surgir e avançar, qualificando ainda mais o processo. Pelo campo do centro para a esquerda o atual presidente da ALMG Deputado Tadeu Martins Leite. Jovem, mas com boa bagagem na política e excelente trânsito junto a deputados e prefeitos. Do poderoso MDB, seria uma novidade no processo.

Do campo do centro para a direita a surpresa poderia ser a inclusão como opção do nome do atual presidente da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) Flávio Roscoe. Obstinado no labor do desenvolvimento econômico e social, tem tido atuação destacada no fortalecimento da educação no sistema Sesi e Senai e parceiro forte junto ao governo do Estado na defesa da indústria mineira e atração de investimentos para Minas.

Aguardemos e acompanhemos os próximos passos dos pretendentes e de seus partidos!

Fábio Caldeira - Doutor em Direito pela UFMG e Analista Político (Hoje em Dia 08/11/2024)