Abra os olhos e veja, feche-os e sinta o seu redor, tudo e não deixe se dominar por informações inúteis. Abra seus olhos agora, dance, sonhe, pare de hesitar, pare de ser indeciso. Abra os olhos do coração e deixe que a beleza da simplicidade ilumine seu caminho. Esteja onde estiver, outra cidade, em outro país, em algum lugar no mundo, tudo é possível, desde que não fiquemos de olhos fechados.
Compete a cada um de nós fazer a sua parte, mas de olhos abertos para tudo. Desde muito cedo, o cidadão e a cidadã, seres sociáveis, já nascem prontos para receberem seu patrimônio cultural, sua religiosidade, sua civilidade e os valores pertinentes à convivência em comum com o mundo exterior.
Há tempos o sociólogo brasileiro e ativista dos direitos humanos, Herbert José de Souza - o Betinho, previa: só a participação cidadã é capaz de mudar sua cidade, seu país. Acrescentamos, desde que estejamos de olhos abertos.
O aprendizado, se for bom e captado, se desenvolve no caminho do bem e, aos poucos, absorve os valores cultivados pela família, pela escola, pelos vizinhos, pelos amigos de sua cidade ou de outras distantes.
Segundo aqueles que permanecem de olhos fechados, decretam: do jeito que está, está bom! "De olhos abertos, eu vejo é nada, de olhos fechados, eu sinto é tudo" - de uma frase nordestina. E mais, do livro "De outros jeitos de usar a boca". Do autor Rupi Kaur: "Eu sou um museu cheio de quadros, mas você estava de olhos fechados".
Fernando de Miranda Jorge
Acadêmico
Correspondente da APC
Jacuí/MG
fmjor31@gmail.com