O feirante Márcio Cláudio da Silva é o novo presidente da Associação Feira da Estação, de São Sebastião do Paraíso. Ele foi eleito junto com outros cinco associados para o novo mandato da entidade e promete dar prosseguimento aos trabalhos que vinham sendo realizados pelo então presidente Luiz Moreira. “Já temos uma caminhada, acompanhando a diretoria anterior que fez as primeiras ações, agora temos que continuar e seguir em frente defendendo as boas ideias existentes e também com novos projetos”, anuncia Márcio.
A eleição de Márcio Cláudio ocorreu há 10 dias em reunião dos representantes do setor ocorrida na Sedeagro. “Estou muito contente com a assembleia que teve agora aqui e que foi decidida a eleição da nova diretoria eu entrei como presidente e estou à disposição de todos os feirantes para fazer o melhor trabalho possível para poder ajudá-los no que for necessário”, disse.
Ele assegura dará continuidade ao trabalho do ex-presidente, Luiz Moreira que foi o pioneiro ao assumir a associação quando foi iniciado o trabalho de organização das feiras de Paraíso. “Vamos dar sequência. O Luiz fez muitas coisas boas e agora vamos tentar fazer o melhor possível para ajudar o pessoal, trazendo mais palestras, cursos e treinamentos”, destaca. Márcio Cláudio disse ainda que vai apostar nas parcerias visando oferecer treinamento e capacitação aos feirantes. “Temos de buscar união, somar esforços para que todos saiam ganhando, tudo isso é muito importante não só aos feirantes, mas para toda a comunidade”.
A nova diretoria da Associação Feira da Estação é composta pelo presidente Márcio Claudio da Silva. vice-presidente, Luiz Gustavo de Queiroz; 1ª secretária, Deise Barreto da Silva; 2ª secretária, Josiane Soares Lemos. Completam a chave o 1º tesoureiro, Edneu Bícego e 2º tesoureiro, José Benedito de Jesus Spitt. A posse dos membros deverá ocorrer em abril em data a ser confirmada pela Sedeagro.
HISTÓRIA DE SUCESSO
A Associação Feira da Estação nasceu praticamente em meados de 2013 e o seu surgimento foi originado da necessidade de organizar as atividades dos feirantes no município. O trabalho inicial e de base foi realizado através da Sedeagro (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Agropecuário), em conjunto com o CMDRS (Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável) e as Associações dos Produtores Rurais de Paraíso. Estes órgãos foram os responsáveis junto com os produtores de hortaliças e feirantes pela realização do trabalho de revitalização das feiras livres existentes na cidade.
Os feirantes paraisenses foram tendo acesso a iniciativas diferenciadas de práticas de comércio como colocação de embalagens, rótulos, apresentação dos produtos, higienização até a própria apresentação de quem trabalha nas barracas que passaram a ser uniformizadas. A organização também compreendeu a disposição da feira que foi padronizada e setorizada. O seu lançamento tornou-se um grande sucesso de vendas a ponto de posteriormente ela ter motivado a criação de uma edição noturna. Com o passar do tempo o empreendimento deu origem a uma nova feira na cidade, que passou a funcionar em horário alternativo, no período de 16 às 22 horas, no Campão.
Também foi a partir da organização das feiras é que teve início a outra etapa do programa realizado em parceria entre os produtores de hortifrutis e a Sedeagro, que foi a melhoria e o incentivo à comercialização. Pela qualidade e posteriormente a quantidade de matéria-prima produzida foram abertas novas portas de mercados possibilitando que a produção local alcançasse os balcões da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo) e as gôndolas de grandes redes de supermercados em Ribeirão Preto e outros centros. Parte da produção já ficava no município com destino a alimentação escolar nos estabelecimentos da rede municipal e estadual.
De tão positivo que foram os resultados alcançados, a Feira da Estação que surgiu como projeto piloto deu origem às feiras do Cristo Rei e do Campão e motivou a reestruturação na Feira dos Imigrantes e da Vila Formosa. O sucesso do setor foi tão grande que o balanço das atividades divulgado ao final de 2014, por exemplo, revelou que o setor de hortifrutigranjeiros de São Sebastião do Paraíso gerou um faturamento de R$ 4 milhões, no intervalo de oito meses. Na oportunidade, a pujança do setor chegou a ser classificada como uma “indústria verde” em desenvolvimento e que despontava com perspectiva de crescimento ainda maior nos anos vindouros.