Falta de água se agrava no Jardim Belvedere e moradores cobram providências

Interrupção no abastecimento durou mais de 36 horas; vereador Juliano Reis (Biju) critica a Copasa e promete buscar soluções em BH
Foto: Reprodução Rede Sociais

Moradores do bairro Jardim Belvedere, em São Sebastião do Paraíso, enfrentaram mais um episódio crítico de desabastecimento de água neste fim de semana. O fornecimento foi interrompido na noite de sexta-feira, 25, e só começou a ser restabelecido na manhã de domingo, 27, totalizando mais de 36 horas sem água nas torneiras.

Durante o período, diversos moradores relataram que tentaram contato com a Copasa por telefone e pelos canais virtuais, mas não obtiveram retorno. Sem respostas, muitos recorreram às redes sociais para relatar a situação e cobrar providências. Um dos nomes mais mencionados nas publicações foi o do vereador Juliano Reis (Biju), que acompanhou o caso desde as primeiras horas da ocorrência.

“O que mais revolta é que, geralmente, esses problemas acontecem nos bairros mais humildes. Fiz o possível para obter informações e tentar acelerar o restabelecimento do serviço, mas a Copasa sequer se pronunciou, nem para emitir um simples aviso. Isso é um desrespeito com a população”, declarou o parlamentar.

Juliano Reis também criticou a falta de autonomia da unidade da Copasa no município. Segundo ele, decisões simples dependem de autorização de outras cidades ou da sede da companhia, o que dificulta a solução rápida de problemas. “A Copasa precisa de investimentos, estrutura e novos reservatórios. A população paga caro por um serviço que deveria ser essencial e garantido por lei. O mínimo que se espera é respeito e eficiência”, disse.

O vereador anunciou que pretende ir a Belo Horizonte no mês de agosto para cobrar pessoalmente medidas que resolvam de forma definitiva os recorrentes problemas no abastecimento de água na cidade.

Em resposta informal enviada ao vereador, a Copasa teria atribuído a falha a uma “manobra no sistema”, que exigiu o fechamento de válvulas e registros para manutenção. No entanto, a medida causou a suspensão inesperada do fornecimento e pegou a população de surpresa.

Moradores relataram impactos diretos no dia a dia. “Chego do trabalho e nem tomar banho posso. Mas se atrasar a conta, eles cortam rapidinho”, reclamou um morador. “Tenho criança pequena, e o fim de semana é o único momento que tenho para cuidar da casa. Justamente nesses dias ficamos sem água. Isso já passou dos limites”, disse uma moradora.

Biju afirmou que continuará cobrando providências e que vai insistir na reformulação da estrutura da empresa na cidade. “A falta de água não pode ser tratada como algo normal. Esse tipo de situação precisa acabar”, concluiu.