A Polícia Civil de Minas Gerais enfrenta um déficit de 6.410 servidores, situação que compromete o funcionamento das delegacias e o combate ao crime em várias regiões do Estado. A denúncia foi feita em ofício encaminhado ao governador Romeu Zema e aprovado pelo plenário da Câmara Municipal de São Sebastião do Paraíso na última segunda-feira (22).

A iniciativa partiu do vereador Roney Waldemar de Oliveira Vilaça, que além de parlamentar é investigador da própria Polícia Civil e conhece de perto a realidade das unidades. No documento, ele lembra que cerca de oito mil candidatos já aprovados em concurso público aguardam convocação para assumir os cargos vagos na instituição. “Apelamos para que Vossa Excelência adote as providências cabíveis, para que os aprovados sejam chamados e integrados ao quadro da instituição em tempo hábil, valorizando o concurso público e assegurando maior efetividade às ações de segurança no Estado”, destacou o ofício.

Para Roney, a situação exige ação urgente do governo estadual. “A inclusão desses profissionais no quadro da Polícia Civil poderia contribuir de forma imediata para reforçar as equipes de segurança pública em todas as regiões de Minas”, afirmou.

A publicação feita pelo vereador repercutiu em páginas de servidores e também em perfis voltados para concursos da Polícia Civil de Minas. Nessas redes, candidatos e policiais manifestaram apoio à cobrança. “A segurança pública de Minas Gerais precisa de investimento”, comentou um seguidor, lembrando que há milhares de aprovados aptos a assumir as funções. Outro policial civil destacou o esforço da categoria diante das dificuldades: “Mesmo com salários defasados e 50% de déficit no efetivo, a Polícia Civil atua incansavelmente para garantir os direitos dos mineiros.”

O documento, assinado por Roney Vilaça e pelo presidente da Câmara, Lisandro Monteiro, foi encaminhado ao governador e busca sensibilizar o Executivo para que a convocação dos aprovados seja realizada o quanto antes, reforçando a necessidade de valorização da instituição e de fortalecimento da segurança pública em Minas Gerais. Outros representantes da classe estão se prontificando a fazer a mesma cobrança a Zema nas próximas semanas.

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