PL cria programa para organizar atendimentos na UPA em períodos de superlotação
Proposta do vereador Biju cria modelo integrado para reduzir filas e melhorar o atendimento à população

Durante
a sessão de segunda-feira, 13, o vereador Juliano Reis, o Biju, apresentou na
Câmara Municipal de São Sebastião do Paraíso um projeto de lei que institui o
Programa Municipal de Fluxo Integrado de Atendimento Sazonal (FIAS). A proposta
busca melhorar o atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e demais
serviços de urgência durante os períodos de maior demanda, como em surtos de
dengue, viroses e síndromes respiratórias.
O FIAS
tem como meta reduzir o tempo de espera, evitar superlotação e garantir um
atendimento mais ágil e humanizado à população. O texto prevê ações integradas
entre a UPA, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e outros serviços da rede
municipal, com medidas como triagem eficiente, reforço temporário das equipes e
redirecionamento de pacientes de baixa complexidade para unidades de apoio.
O
projeto também propõe integração digital e comunicação em tempo real entre os
serviços, campanhas educativas sobre o uso correto dos atendimentos de urgência
e transparência nas informações aos usuários, como o tempo estimado de espera.
Além disso, faculta a criação de um Comitê Municipal de Gestão Sazonal em
Saúde, com representantes da Secretaria Municipal de Saúde, Conselho Municipal
de Saúde, UPA, Atenção Básica, Vigilância Epidemiológica e instituições de
ensino.
Na
justificativa, Biju cita experiências de cidades como Londrina (PR), Campinas
(SP), Curitiba (PR) e Maceió (AL), que adotaram planos semelhantes e
registraram redução de até 40% no tempo médio de permanência dos pacientes,
além de melhora na organização interna e na satisfação dos usuários. “O
objetivo é trazer para Paraíso um modelo que já demonstrou eficácia em outros
municípios, garantindo planejamento técnico, comunicação clara e atendimento
digno mesmo nos períodos de maior pressão sobre o sistema”, afirmou o vereador.
O
projeto está alinhado aos princípios da Lei Orgânica da Saúde (Lei nº
8.080/1990), que defende a integralidade, equidade e universalidade da atenção
à saúde. Segundo o autor, a proposta representa “um avanço significativo na
organização da rede municipal de urgência e um gesto concreto de cuidado com as
pessoas”.
Ao final da sessão, o projeto foi aprovado como objeto de deliberação e segue agora para análise das Comissões de Saúde e Educação, e de Finanças, Justiça e Legislação. Após receber os pareceres, voltará ao plenário para votação.