Esporte e advocacia: A força que nasce do equilíbrio

Participação de Paraíso nos Jogos da OAB reforça a importância do bem-estar e da integração entre colegas de profissão
Atleta e advogado no pódio dos Jogos da Advocacia Mineira, ao lado dos demais finalistas da categoria absoluto faixa-preta de jiu-jitsu Foto: Reprodução

Nem toga, nem processo. No tatame, o advogado paraisense Dilermano Augusto de Souza Júnior mostrou que disciplina e serenidade também são virtudes fora do fórum. Ele conquistou medalha de ouro no jiu-jitsu na edição dos Jogos da Advocacia Mineira representando São Sebastião do Paraíso.

Promovidos pela OAB-MG e pela Caixa de Assistência dos Advogados de Minas Gerais (CAAMG), os jogos reuniram milhares de advogados e advogadas de todo o estado em dezenas de modalidades esportivas. A inclusão do jiu-jitsu no calendário da competição marcou também a estreia vitoriosa de Paraíso, que escreveu seu nome na história.

“Foi uma sensação muito boa, uma alegria tremenda, principalmente por ter sido a primeira medalha de ouro da história de São Sebastião do Paraíso nos Jogos da Advocacia Mineira”, contou o advogado, que pratica jiu-jitsu há 16 anos.

Segundo Dilermano, a arte suave traz lições que ultrapassam o tatame: “Impossível não fazer paralelos entre o jiu-jitsu e a advocacia. A disciplina dos tatames traz benefícios em outras áreas da vida, inclusive na profissional. Assim como no tatame, na prática forense é primordial respeitar os outros — advogados, autoridades —, mas é importante combater os abusos com firmeza, sempre de forma respeitosa.”

Dilermano explica que o esporte é uma forma de terapia e equilíbrio emocional em meio à rotina intensa da advocacia. “Quando estou no tatame deixo minhas questões profissionais de fora. A única preocupação é fazer um bom treino, atacar e se defender quando preciso. O esporte é uma válvula de escape e também uma forma de autoconhecimento.”

“Significa muito pra nós e para o interior em geral. A OAB-MG vem fazendo uma administração que valoriza a interiorização e nos traz forte sentimento de pertencimento à classe”, afirmou o presidente da 41.ª Subseção, Sebastião Beraldo de Pádua.

Para ele, o espírito dos jogos ultrapassa a competição: “Ao passo que nos relacionamos num ambiente saudável e fraterno, compartilhamos experiências profissionais de colegas de várias regiões de Minas Gerais.”

“No jiu-jitsu e na vida, aprendemos a respirar fundo, manter a calma e lutar com respeito — virtudes que, dentro ou fora do tribunal, continuam sendo a verdadeira essência da advocacia”, conclui Dilermano.