Visitas ao presídio voltam a acontecer aos finais de semana

Reunião da Comissão de Direitos Humanos com secretário de Segurança do Estado aconteceu no dia 13 de outubro
Foto: Divulgação
Vereadoras Daiane Andrade Laís Carvalho

Como noticiado pelo Jornal do Sudoeste, após reunião realizada no dia 13 de outubro com o secretário de Justiça e Segurança Pública do Estado de Governo de Minas Gerais, Rogério Greco, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de São Sebastião do Paraíso, através das vereadoras Laís Carvalho e Daiane Andrade obteve êxito na demanda, em que os dias de visitas retornaram para os finais de semana.

Segundo Laís Carvalho, presidente da Comissão, "o direito constitucional de ressocialização, que inclui o convívio por meio da visita familiar, não pode ser cerceado pela falha na prestação de serviço do Estado. Além disso, a punição está sendo estendida aos familiares no momento em que não conseguem visitar um filho, um esposo, um irmão ou um pai. É fundamental que o presídio tenha condições adequadas para atender detentos, familiares e servidores de forma segura e digna".

A vereadora ainda frisou que a conquista do atendimento da demanda, retomando a visita para o fim da semana, atende a um pleito das famílias dos detentos: “A família não cometeu crime. Privá-la do convívio é estender a pena para quem já sofre, é punir mães, esposas, pais e, principalmente, crianças que não têm culpa de nada”.

Segundo ela, a comissão recebeu relatos comoventes, como o de crianças autistas que regrediram no tratamento por não poder ver o pai e de mães que choram em silêncio por não conseguir visitar seus filhos devido à incompatibilidade de horários de trabalho.

A presidente da comissão ainda finalizou que, embora tenham conseguido a mudança do dia, não desistiram e continuam cobrando do governo do Estado a questão da grave falta de efetivo. O presídio hoje funciona com metade dos policiais necessários, o que afeta a segurança de todos, dos agentes, dos presos e da própria comunidade. “Sem estrutura adequada, não há segurança nem dignidade”.