Norris pode ser campeão da F1 já neste fim de semana
Desclassificação dos carros da McLaren em Las Vegas deu sobrevida para Verstappen, mas Norris ainda tem boa vantagem na liderança
A desclassificação dos dois carros da McLaren após o GP de Las Vegas por irregularidades na prancha que mede a altura dos carros em relação ao solo, deu sobrevida ao vencedor da corrida Max Verstappen, e embora tenha reacendido a disputa pelo título, a vantagem de Lando Norris ainda é confortável ao ponto de ele poder conquistar seu primeiro título na F1 se aumentar de 24 para 26 pontos a vantagem sobre o companheiro de equipe, Oscar Piastri, e Verstappen no GP do Qatar, onde está acontecendo a penúltima etapa do Mundial e a última corrida sprint do ano neste final de semana.
Norris terminou em 2º lugar no GP de Las Vegas e Piastre em
mais uma atuação apática, apenas em 5º, mas os carros da McLaren não passaram
na vistoria técnica pós-corrida por apresentarem desgaste da peça acima do
permitido. O regulamento estabelece que depois de cada corrida, a prancha de 10
milímetros de espessura, feita de madeira e resina instalada no assoalho dos
carros, não pode apresentar desgaste superior a 1 milímetro. Qualquer medida
que seja inferior a 9 milímetros é motivo de desclassificação. As medições do
carro de Norris excederam o limite entre 0,07mm e 0,12mm entre os três pontos
de medições, e o de Piastri entre 0,04mm e 0,26mm. São diferenças pequenas que
provavelmente não proporcionaram vantagem a nenhum dos dois, tanto que no
relatório dos comissários da Federação Internacional de Automobilismo, está
escrito que a McLaren não agiu com a intenção de burlar as regras. Mas não há
meio termo. Ou o carro está, ou não está dentro do regulamento. E por isso
ambos foram desclassificados.
Lando Norris segue com boa vantagem na liderança do
campeonato com 390 pontos, seguido por Piastri e Verstappen que agora estão
empatados com 366 pontos, com vantagem para Piastri que tem uma vitória a mais
que o holandês (7 a 6).
GP DO QATAR PODE
DECIDIR O CAMPEONATO
A F1 voou de Las Vegas para o Qatar numa longa e desgastante
viagem de 17h e com o impacto de 13h de fuso horário. Essa sequência final de
temporada quando todos que viajam para as corridas estão no limite extremo do
cansaço físico e mental tem gerado muitas reclamações por conta desta última
perna do calendário: Las Vegas/ Qatar/ Abu Dhabi, onde o campeonato termina no
próximo final de semana. Norris leva 24 pontos de vantagem sobre os
vice-líderes, e só precisa aumentar dois pontos a mais sobre eles para ser
campeão com uma corrida de antecipação. Estão na mesa 58 pontos nessas três
corridas: dois Grandes Prêmios e a prova sprint deste sábado. Se não conseguir
aumentar a vantagem, Norris ainda pode se dar ao luxo de terminar as três
provas na 3ª posição, independentemente dos resultados de Piastri e de
Verstappen.
Mas o campeonato está aberto. Há vários casos de viradas
históricas na F1 e todo cuidado é pouco quando se tem Max Verstappen nos
espelhos retrovisores. Depois da vitória em Las Vegas, o holandês analisou sua
temporada e disse que “ninguém ficou satisfeito com o desempenho da Red Bull
durante o ano, e mesmo assim, ter esse tipo de final de temporada é incrível
para nós”.
A programação do GP do Qatar tem a sprint com largada neste
sábado às 11h e a classificação para o Grande Prêmio às 15h. No domingo, a
largada para as 57 voltas pelos 5.419 metros do Circuito Lusail será às 13h. A
Pirelli recomendou por medidas de segurança o máximo de 25 voltas para cada
jogo de pneus em todas as atividades do final de semana, o que significa que
este será obrigatoriamente um Grande Prêmio de dois pit stops para cada piloto.
BORTOLETO BUSCA
REABILITAÇÃO
Gabriel Bortoleto tenta se reabilitar depois de uma série de
corridas complicadas nesta fase final da temporada. Nas duas últimas provas ele
sequer completou a primeira volta. Em Interlagos bateu quando tentava
ultrapassar Lance Stroll, e em Las Vegas atingiu o mesmo Stroll na primeira
curva, o que lhe custou a perda de 5 posições no grid para este domingo. Ambas
eram pistas que ele não conhecia, e agora ele tem pela frente duas que já
conhece - Lusail (Qatar) e Yas Marina (Abu Dhabi) -, o que deve lhe trazer mais
confiança. Mas o importante é o apoio que o brasileiro segue tendo dos chefes
da Sauber, Mattia Binotto e Jonathan Wheatley.


