AMEG conquista maior convênio de sua história para fortalecer a gestão de resíduos sólidos na região
Projeto de R$ 5,88 milhões beneficiará oito municípios e reforça papel do consórcio no desenvolvimento regional sustentável
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Ascom/AMEG
A Associação Pública dos Municípios da Microrregião do Médio Rio Grande (AMEG) acaba de conquistar o maior convênio de suas quatro décadas de existência, consolidando mais uma vez o papel do consórcio como instrumento estratégico para o desenvolvimento regional. Avaliado em R$ 5.880.000,00, o projeto voltado à gestão de resíduos sólidos beneficiará diretamente os municípios de Alpinópolis, Capetinga, Capitólio, Ibiraci, Itaú de Minas, Passos, Piumhi e São João Batista do Glória.
O resultado
foi publicado no Diário Oficial da União, edição de 24 de novembro no âmbito do
Edital de Chamamento Público SQA nº 01/2024 do Ministério do Meio Ambiente
(MMA), viabilizado a partir do Acordo Substitutivo de Multa Ambiental nº 1/2020
(Barragem de Brumadinho).
Para o presidente
da AMEG e prefeito de São Sebastião do Paraíso, Marcelo Morais, a aprovação do
projeto é um marco para toda a microrregião. Ele ressalta que a conquista
simboliza o que a associação tem defendido ao longo de 40 anos: "Municípios
unidos, somando esforços para alcançar resultados que sozinhos seriam difíceis
ou impossíveis de obter." O presidente destaca que o consórcio
"viabiliza economia de recursos, apoio técnico qualificado e soluções
compartilhadas que garantem mais qualidade de vida à população e mais segurança
ambiental para as próximas gerações".
Ao longo de
2025, gestão que Marcelo Morais exerce à frente da AMEG até 31 de dezembro, a
associação assumiu protagonismo regional na pauta municipalista, com
crescimento de 106% no número de Câmaras Técnicas e 2.304 servidores
capacitados, além de serviços de engenharia que geraram economia próxima de R$
1 milhão aos municípios consorciados. As licitações em conjunto garantiram
maior celeridade aos processos e preços mais competitivos no mercado, enquanto
o programa de controle de castração de cães e gatos, por meio do Castramóvel e
de clínicas credenciadas, atendeu quase quatro mil animais em toda a
microrregião. No mesmo período, a AMEG também conquistou a equivalência do seu
Serviço de Inspeção Municipal (SIM) ao SISBI-POA, abrindo caminho para que
produtos de origem animal inspecionados pelo consórcio possam alcançar o
mercado nacional, reforçando o papel da associação como indutora de
desenvolvimento sustentável e integrado.
O edital é
destinado exclusivamente a consórcios públicos municipais de Minas Gerais que
atuam na área de resíduos sólidos e cujos municípios integrantes possuem Plano
de Gestão de Resíduos Sólidos, conforme prevê a Lei Federal nº 12.305/2010.
Apesar de vários municípios da AMEG estarem habilitados, parte deles optou por
participar por meio de outro projeto, elaborado por consórcio parceiro da
região de São Sebastião do Paraíso.
No caso da
AMEG, a proposta aprovada foca na superação de desafios comuns: consolidação da
coleta seletiva, apoio socioeconômico aos catadores organizados e destinação
adequada dos resíduos da construção civil (RCC), pontos em que a falta de
recursos e de suporte técnico especializado ainda limita a implementação plena
dos planos municipais.
O projeto
está estruturado em seis metas principais. A Meta 1 prevê a implantação ou
reestruturação da coleta seletiva em Alpinópolis, Capetinga, Ibiraci e Itaú de
Minas, com investimento estimado em R$ 1.409.400,00, garantindo estrutura
mínima, rotas, comunicação com a população e condições de continuidade do
serviço. A Meta 2, com aporte de R$ 1.050.000,00, trata da gestão e
monitoramento da coleta seletiva nos oito municípios, criando um sistema
integrado de acompanhamento de indicadores, controle operacional e avaliação
dos resultados.
As metas
seguintes aprofundam o caráter social e ambiental do projeto. A Meta 3 volta-se
à estruturação e fortalecimento dos catadores organizados em Alpinópolis e
Ibiraci, oferecendo suporte técnico e operacional para que esses trabalhadores
possam realizar com segurança e eficiência a triagem e comercialização dos
materiais recicláveis, ampliando renda e inclusão socioeconômica. A Meta 4, com
investimento de R$ 333.800,00, prevê a triagem, beneficiamento, enfardamento,
armazenamento e comercialização dos recicláveis nesses dois municípios,
agregando valor ao material e profissionalizando ainda mais a cadeia da
reciclagem.
A Meta 5, orçada em R$ 226.970,00, está centrada na reciclagem da fração orgânica dos resíduos sólidos urbanos, por meio da compostagem em Capitólio, Itaú de Minas e São João Batista do Glória, que já possuem Unidade de Triagem e Compostagem (UTC). A proposta é transformar parte dos resíduos orgânicos em composto orgânico para ser comercializado por catadores organizados e/ou distribuído gratuitamente à população, estimulando agricultura local, jardins urbanos e práticas sustentáveis. Já a Meta 6, com previsão de R$ 2.864.000,00, trata da coleta, triagem e reciclagem dos resíduos da construção civil nos oito municípios, com reaproveitamento do material em manutenção de estradas rurais e obras civis municipais, reduzindo o impacto ambiental dos entulhos e diminuindo custos de obras públicas.


