Foto: Reprodução Rede Sociais/41330/Pixabay

O mais recente Boletim Epidemiológico da Dengue, divulgado pela Vigilância em Saúde de São Sebastião do Paraíso, aponta que o número de notificações da doença teve queda nas últimas quatro semanas. Entre os dias 9 de março e 5 de abril (semanas epidemiológicas 11 a 14), a tendência de redução se confirma após um período de crescimento acelerado, especialmente em fevereiro.

Apesar da diminuição recente, o volume acumulado de casos em 2025 preocupa: o município já soma 1.400 notificações de dengue, das quais 515 foram confirmadas como positivas, 585 descartadas, 300 permanecem em aberto, e 354 não foram analisadas por ausência ou recusa na coleta de exames. Também foram registradas 21 internações e um caso confirmado de chikungunya, o que reforça o alerta para a circulação de múltiplos vírus transmitidos pelo Aedes aegypti.

A análise das últimas quatro semanas mostra os bairros com maior concentração de notificações: o Centro lidera com 44 registros, seguido pela Vila João XXIII com 26, Residencial Morumbi e Mocoquinha com 22 cada, Cidade Nova com 20, Jardim Diamantina com 19, Parque São Judas Tadeu e Lagoinha com 18 cada, além da Vila Santa Maria com 17 e Vila Formosa com 14. Esses dados orientam o foco das ações de combate ao mosquito, especialmente em áreas com reincidência de casos.

Quanto às unidades notificadoras, nas semanas recentes a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) concentrou a maior parte dos registros, com 299 notificações. Em seguida, aparecem os laboratórios da rede privada, com 106, a Atenção Primária à Saúde (APS), com 136, a Unimed com 47, a Santa Casa com 11, a Ampara com 5 e a Vigilância em Saúde com 4. O volume de notificações provenientes de laboratórios e unidades não públicas chama atenção e indica o aumento na procura espontânea por exames por parte da população.

Mesmo com a queda nas últimas semanas, os números acumulados mantêm a situação em alerta. A Secretaria Municipal de Saúde, por meio de seu Departamento de Vigilância em Saúde, continua com o monitoramento constante nos bairros paraisenses e reforça a importância da participação da comunidade na identificação e eliminação de criadouros do mosquito transmissor.