Em São Sebastião do Paraíso os números de casos de dengue notificados caíram drasticamente desde os índices preocupantes registrados no ano de 2015. De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), no município houve cerca de 396 casos notificados ao longo de 2016 contra 1697 casos em 2015. Este ano, até a data de apuração desta matéria, a SES-MG registrou apenas três casos notificados. O índice demonstrou manter uma tendência que vem sendo observada desde meados de julho do último caso: uma redução dos casos notificados e uma média de cinco casos ao mês.
Uma série de ações já vem sendo trabalhada pelo município para reforçar e manter o combate ao Aedes Aegypti, entre elas a reorganização e ativação do Comitê Municipal de Combate à Dengue em São Sebastião do Paraíso, integrado pela 35ª Superintendência Regional de Educação, Secretaria Municipal de Saúde e Educação, 2ª Pelotão de Bombeiros Militares em São Sebastião do Paraíso, Polícia Civil, Tiro de Guerra, Secretaria de Obras, Secretaria de Segurança Pública, Polícia Militar e demais seguimentos da sociedade. Alguns mutirões já estão sendo organizados, mas ainda não há data prevista para acontecerem.
Amanhã, quinta-feira (19/1), das 13h às 16h, acontece reunião no Teatro Sebastião Furlan reunindo agentes de saúde e agentes epidemiológicos para debate questão sobre Aedes Aegypti no município e realizar uma capacitação a fim de potencializar o combate ao agente transmissor. De acordo com o coordenador do setor de zoonoses, Gustavo João Bernardino, algumas ações ainda estão sendo estudadas porque dependem muito de outros setores.
“Haverá a participação dos agentes de saúde, que será de grande importância por se tratar de 130 servidores que irão nos auxiliar nessa luta. O comitê já está ativo, com representação de vários seguimentos da nossa sociedade para que tenhamos esse apoio e possamos adotar as melhores estratégias, além dos trabalhos dos agentes de combate à dengue, já estão realizando os seus trabalhos e já estão todos direcionados”, destaca o coordenador.
Gustavo destaca que hoje o setor está preparado para enfrentar situações mais atípicas, como ocorrida em 2015. “O estado já espera um aumento dos casos de notificações para nosso município, assim como os demais municípios de Minas Gerais. Há um clima muito propício para o desenvolvimento do mosquito como muita chuva e calor, o ambiente está favorável o Aedes”, destaca.
O coordenar ressalta ainda a participação da população nessa luta travada pela Vigilância em Saúde e ressalta que hoje são pouquíssimos os casos em que moradores não contribuem para as ações dos agentes epidemiológicos. “Ainda que com todas as dificuldades, a população está bem mais preocupada.
A resistência em atender os agentes de epidemiologia hoje é praticamente nula. Mas a participação da comunidade melhorou muito e acredito que eles têm percebidos que se não houve uma união entre o poder público e a comunidade de nada irá adiantar os nossos trabalhos”, completa Bernardino.
CASOS EM MINAS
Segundo boletim epidemiológico divulgado pela SES-MG, somente neste ano foi registrar 1.162 casos prováveis (casos confirmados e suspeitos) de dengue no estado. Até o momento, não há notificação de óbito por dengue confirmado ou em investigação, no entanto, em 2016 foram 254 óbitos.
Em relação à Febre Chikungunya, Minas Gerais registrou, em 2017, 51 casos prováveis da doença, nenhum próximo a São Sebastião do Paraíso. Já em relação à febre pelo Zika Vírus, foram registrados neste começo de ano 21 casos prováveis no Estado. Em relação às gestantes com doença aguda pelo vírus Zika, foram confirmados 1.098 casos em 2016 e até o dia 8/1 deste ano. Outros 405 casos estão em investigação.
Em relação aos casos que envolvem o grupo de doenças infecciosas que acometem a gestante e o feto, e pode causar microcefalia no recém-nascido (sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovirose e herpes simples, todas congênitas; além do zika vírus), foram confirmados 19 casos de recém-nascidos com suspeita de infecção no ano de 2016 e até o dia 08/01, e outros 233 casos estão em investigação.