VACINA

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Por: Redação | Categoria: Arquivo | 22-01-2017 00:00 | 1261
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O último Informe Epidemiológico da Febre Amarela divulgado pela SES (Secretaria de Estado da Saúde) na terça-feira,17, apontou que somente neste ano foram notificados 184 casos suspeitos de Febre Amarela no Estado. São Sebastião do Paraíso não está na relação entre as cidades onde está ocorrendo vários casos da doença inclusive com 53 óbitos confirmados. No relatório obtido pelo Jornal do Sudoeste sobre a cobertura vacinal em Minas Gerais aponta que o município paraisense está com 81.52% de cobertura vacinal nos últimos 10 anos.



Desde 2006 quando o levantamento foi realizado, o ano com menor índice de vacinação em Paraíso foi em 2007 quando o município atingiu apenas 69,53% de cobertura. Já em 2011 e 2013, os indicadores chegaram a 100% para a cobertura da aplicação da vacina no município paraisense. Em 2014 e 2015 foram 96,57% e 90,34%, respectivamente. Em outros anos a média chega aos 80% com variações.



Na região, São Tomás de Aquino teve 85,02% de cobertura no ano passado. No mesmo período, municípios como Jacuí teve 87,57%; Itamogi, 82,65%; Monte Santo de Minas, 80,56% e Pratápolis ficou com 80,84%, enquanto que Passos que abriga a regional de saúde teve a cobertura de 80,56%. Já em Guaxupé, que pertence a regional de Alfenas a vacinação atingiu a casa de 81,07% e Arceburgo e Guaranésia atingiram 83,95% e 78,32%.



Tendo em vista o surto da doença que surgiu desde o final de 2016 e que tem continuado neste início de 2017 em vários municípios da região Leste de Minas Gerais, tem sido grande a procura pela vacina em outras regiões e em Paraíso não é diferente. A procura aumentou tanto ao ponto de as doses existentes terem se acabado e foi necessária a solicitação à regional de uma nova remessa de vacinas. O novo lote chegou na tarde de quinta-feira,19, no Posto de Puericultura, no centro da cidade. O material foi catalogado e redistribuído para as demais salas de vacina do município e estarão à disposição a partir da próxima segunda-feira,23.



 



Critérios de vacinação



Embora muitas pessoas estejam preocupadas com as notícias sobre o surto da doença em Minas Gerais, os responsáveis pela vacinação em Paraíso tranqüiliza a população de que não é preciso correria aos postos de vacinação. Existem critérios para que a pessoa receba a dose da vacina, que deve ser tomada observando prazo com intervalo de 10 anos, ou em caso de pessoa que tenha viajado ou viajará para a região onde estão sendo registrada a incidência da doença.



Conforme Nota Técnica da SES a vacina febre amarela é apresentada sob a forma liofilizada em frascos multidose (5 doses), além de uma ampola de diluente. Ela é composta de vírus vivos atenuados da febre amarela. Tem como excipientes a sacarose, o glutamato de sódio, o sorbital, a eritromicina, canamicina e gelatina bovina hidrolizada.



A indicação é feita para prevenir a Febre Amarela em residentes ou viajantes que se deslocam para as áreas com recomendação de vacinação (AC RV) e países com risco para a doença, a partir dos 9 meses de idade, conforme Calendário Nacional de Vacinação. Para os viajantes com deslocamento  para as  ACRV,  a  vacina  deve  ser  administrada  com antecedência mínima de 10 dias da data da viagem.



Nos locais onde não há incidência da doença como é o caso de Paraíso, a vacinação ocorre no esquema de rotina. A primeira dose é aplicada aos 9 meses de idade, com reforço aos 4 anos. O intervalo mínimo entre a dose do esquema e o reforço é de 30 dias. A aplicação da dose é de 0,5 ml via subcutânea, sendo administrada de preferência na face externa superior do braço.



Pessoas com idade a partir dos 5 anos que receberam uma dose da vacina antes recomenda-se a administração do reforço, com intervalo de no mínimo 30 dias entre as doses. As pessoas que nunca foram vacinadas ou sem comprovante de vacinação deve receber a primeira dose da vacina e um reforço após 10 anos. Quem já recebeu as duas doses deve ser considerado vacinado. Já para idosos com idade a partir dos 60 anos e que nunca foram vacinados ou sem comprovante de vacinação, se for residente em área de risco (zona rural), com ocorrência de epizootias e casos prováveis ou confirmados de febre amarela, devem receber uma dose com precaução e serem devidamente acompanhadas em relação aos eventos adversos. No caso de gestantes a aplicação da vacina deverá ser analisada caso a caso através de avaliação médica e serem devidamente acompanhadas em relação aos eventos adversos durante o pré-natal e nascimento do bebê.



A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) criou uma página específica para veicular informações e orientações sobre a Febre Amarela. A página www. saude.mg.gov.br/febreamarela tem o objetivo de manter a população informada sobre a doença e reforçar a importância da prevenção por meio da vacina, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), às pessoas que residem em áreas rurais, silvestre ou de mata, ou que vão se deslocar a esses locais. “O objetivo é informar a população de forma ágil e prestar esclarecimentos confiáveis sobre a doença e as orientações sobre a vacinação neste momento”, destaca Rodrigo Said, subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde da SES-MG. “Entendemos que é fundamental incluir essas informações num único local para facilitar a disseminação das informações para a população”, completa.



Na seção “Tire suas dúvidas”, a equipe de Comunicação da SES-MG compilou as dúvidas mais frequentes sobre o assunto, como por exemplo, se qualquer pessoa deve se vacinar contra a febre amarela ou se há diferenciação de sintomas entre a forma silvestre e urbana da doença. Essa seção será constantemente atualizada com novos esclarecimentos.



Desde as primeiras notificações, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais tem intensificado ações de contingência e bloqueio. Entre elas se destacam a intensificação da vacinação em municípios que são área com recomendação de vacina no Estado, e o reforço junto aos profissionais de saúde da importância da notificação de casos suspeitos e também mortes de primatas, como evento de risco da febra amarela em humanos.