4G

Telefonia 4G dever

Por: Redação | Categoria: Arquivo | 26-01-2017 00:00 | 1388
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A tecnologia 4G da telefonia móvel lançada há quatro anos no Brasil para a Copa do Mundo deve ultrapassar o número de linhas 3G até o fim deste ano ainda concentrada nas maiores cidades do país e com pouca competição. Em São Sebastião do Paraíso são remotas as possibilidades de que este sistema seja implantado ainda neste ano, mas a expectativa dos planos das operadoras é de que o modelo seja implantado a partir de somente 2018.



Mesmo com avanço no número de usuários 4G no Brasil impulsionado ainda pelo fato de que a maioria das empresas vende apenas chip 4G na hora da renovação do plano ou troca do aparelho, 4.093 dos 5.570 municípios não contam com a tecnologia. Dos 1.477 municípios que já oferecem celulares habilitados em 4G, 65% (963 cidades) têm apenas uma das cinco operadoras.



No ano passado havia a expectativa de que todas as cidades com mais de 100 mil habitantes fosse instalada ao sistema de telefonia de quarta geração, sendo que na região apenas Passos teve o serviço implantado em dezembro de 2016. A iniciativa possibilitou praticamente dobrar a quantidade de clientes, passando a mais de 110 milhões de usuários 4G. Por outro lado, a rede 3G vai perder força, caindo dos atuais 124 milhões para menos de 90 milhões.



Ainda assim, mesmo permitindo trafegar numa rede que possibilita ver vídeos em alta velocidade, a qualidade do serviço ser criticada, sobretudo com a crise econômica. Muitos investimentos foram cortados, impedindo que equipamentos com cobertura geográfica mais ampla fossem instalados. Segundo levantamentos iniciais as operadoras Vivo, Oi, Claro, TIM e Nextel só competem juntas em 4G em apenas 11 cidades do País. As quatro maiores empresas só estão juntas em 262 cidades - 17,7% dos locais com 4G, que em geral, são as capitais e cidades das regiões Sudeste e Sul.



Na Vivo, por exemplo, o tráfego da rede 4G ultrapassou a de 3G em dezembro do ano passado. A companhia, líder na tecnologia no país, pretende aumentar o número de cidades neste ano. Segundo a direção informa que irá ampliar neste ano a rede 4G para cidades menores ao ponto que o sistema representará mais da metade dos investimentos. De olho na melhoria da qualidade e no aumento do volume de dados 4G a Vivo está reaproveitando a frequência da antiga rede 2G e direcionando para a 4G. A rede 2G, por estar em frequência mais baixa, tem raio de cobertura maior que a 4G. A Vivo não divulgou nenhum plano relativo a crescimento de cobertura. Atualmente, ela é a operadora que lidera em número de municípios cobertos com tecnologia 3G, mas está atrás de Claro e TIM quando o assunto é 4G.



Estratégia semelhante tem a Oi. A tele quer aumentar em três vezes o número de cidades com 4G até o fim do ano. E mais de 50% desses novos municípios que passarão a contar com 4G vão operar na frequência da rede 2G. A Nextel possui foco principal apenas no eixo Rio e São Paulo e não há interesse em expandir em Minas.



A Claro também vem concentrando os investimentos de rede em 4G, mas a diretoria de marketing da empresa informa que a intensidade dos investimentos vai depender da economia e do volume de clientes. O grupo está otimista com foco em ampliação de cobertura e define que o perfil de consumo de 4G se assemelha a uma pessoa com internet banda larga fixa. Em sua estratégia de mercado de telefonia móvel para 2017 a empresa está prometendo cobertura 4G em duas mil cidades até 2017. O planejamento vai além disso com pretensão de aumentar a marca para 4,3 mil cidades em 2019.



Em termos de comparação, testes realizados apontaram que, na prática, isso significa que um usuário de 4G tem conexão suficiente para baixar um filme de 1h30 em 2 minutos. No 3G seria preciso esperar seis vezes mais. A quarta geração de telefonia móvel, mais conhecida por 4G, deverá estar disponível em todos os municípios com mais de 30 mil habitantes até 2017. Essa foi uma obrigação assumida pelas empresas que participaram do leilão da faixa de 2,5 GHz em 2012, o primeiro para bandas de frequência voltadas à prestação de serviços de quarta geração, destaca a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).