Indústria têxtil gera mais de 500 empregos diretos em Paraíso

Por: Redação | Categoria: Arquivo | 08-09-2002 00:00 | 1568
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As fábricas têxteis em São Sebastião do Paraíso, segundo pesquisa feita pelo Jornal do Sudoeste, empregam mais de 500 pessoas que trabalham em diversas atividades dentro da empresa. E a previsão é crescer ainda mais o oferecimento de emprego. "Estou com um projeto para construir uma fábrica bem maior que esta", comenta Luciene Mambrini Ruiz Júlio, proprietária da fábrica Camille Lingerie que nos finais de ano chega a empregar mais de 33 pessoas. "Minha vontade é de dar emprego para muita gente, mas a mão-de-obra qualificada está cada vez mais difícil na cidade".
A maioria são oficinas prestadoras de serviço. Recebem o tecido já cortado, via de regra, indústrias da capital paulista e fazem a montagem (costura).
Luciene tem sua própria indústria, e há três anos e meio está no ramo. Fala da necessidade de cursos de costura em Paraíso. "Os que têm são muito fracos, eu ensino 98% das minhas funcionárias, pois quando chegaram aqui, não sabiam nem pegar na agulha", conta, falando que para ela, seria melhor que as funcionárias procurassem serviço, já sabendo fazer. "Seria mais lucrativo e perderíamos menos tempo".
Rosana Aparecida Rodrigues de Souza, proprietária da Quéssil, fábrica de uniformes, tem opinião contrária e diz que prefere pegar alguém que não é qualificado e adequá-lo às necessidades da firma. "Muitas vezes a funcionária têm seu modo de trabalhar, mas na verdade a empresa precisa de uma outra maneira, ou seja, produção, mas com qualidade".
No ramo há quase 10 anos, Rosana aborda também um outro problema que a maioria das oficinas enfrentam: a prestação de serviços para empresas fora de Paraíso. "Sentimos que o serviço da cidade não é tão valorizado quanto deveria, então buscarmos fora é mais prático porque somos mais bem aceitos", lamenta, contando que as escolas da cidade centraliza em grandes confecções em cidades de fora. "O cliente deveria se conscientizar de que ele tem aqui o que está buscando em outras localidades".
Quando questionada se pretende aumentar sua empresa, ela diz que o comércio está passando por uma fase ruim, mas para o próximo ano, montará a estamparia própria. "O que vai gerar mais empregos diretos", conta.

MAIS EMPREGOS
A maioria dos proprietários de indústrias e oficinas de costura entrevistados pelo "JS", pretende, até o final do ano, pelo menos dobrar a produção. "Pretendemos gerar mais 10 empregos", conta Roberto Carmozini, proprietário da Uni Visual, empresa que já está há cinco anos no mercado e confecciona para uma distribuidora em São Paulo.
A Banderole, que há 10 anos trabalha exclusivamente com uniformes e estamparias, de acordo com o proprietário Gilberto Gonçalves de Pádua, dentro de no máximo dois anos, deve empregar umas seis pessoas. "Parece pouco, mas se juntarmos todas as empresas o número cresce", comenta.
A empresa Jugley Lingerie, possui, em conjunto com a Conformateck, que produz bojos para sutiãs, em torno de 130 funcionários, além de várias sacoleiras e representantes comerciais. Conforme conta Ana Lúcia Duarte, este quadro tende a crescer cada vez mais. "A fábrica de bojos está cada vez gerando mais empregos".
Nádia Bícego