Paraisenses perseguidos na "revolução de 64" são indenizados

Por: Redação | Categoria: Arquivo | 01-01-2003 00:00 | 724
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O ex-governador Itamar Franco tem fama de ser teimoso e positivo em suas atitudes e posições, políticas e administrativas. Mas ninguém pode tirar seus méritos quanto a sua coragem, idealismo e por ser um político honesto e democrático.
Dentre tantas, três decisões dele, como governador de Minas, merecem aplausos e reconhecimento, não só dos mineiros, mas de todo o Brasil. 
Primeiramente foi sua posição de firmeza de não permitir o governo federal privatizar a Hidrelétrica de Furnas. À época, Itamar cogitou que se insistissem na privatização, ele seria capaz de desviar o Rio Grande, antes de sua chegada na represa, desviando o curso das águas para Rio São Francisco. Colocou um batalhão de Polícia Militar para cuidar de qualquer ação federal.
Sua coragem prevaleceu. FHC recuou e não privatizou Furnas.
Outra feliz iniciativa de Itamar, transformada em lei em Minas, se refere àqueles que sofreram perseguição política na chamada "Revolução de 64". Uma comissão de pessoas de sua confiança analisam, com critério, cada caso de pessoas injustiçadas no mencionado período, as quais foram presas, torturadas e até mortas por terem um ideal político, porque já naquela época falavam em justiça social no Brasil. Alguns, sequer tiveram atuação política, e foram presos e humilhados a partir de denúncias vazias, feitas por desafetos.
Centenas deles estão sendo indenizados pelo governo mineiro, no caso, aqueles que deram entrada na justiça, com pedido indenizatório.
De São Sebastião do Paraíso, pedidos foram acatados por unanimidade pela comissão encarregada. Dois deles feitos pelas famílias, porque, infelizmente as vítimas já faleceram. Por uma questão ética, não iremos nomeá-los. O terceiro, vivo e saudável entre os paraisenses, é Gue-rino Paschoini.
Feliz iniciativa de Itamar Franco, porque nos casos mencionados, tanto nos de saudosa memória, como no caso de Guerino Paschoini, sempre se pautaram pela conduta idônea e honesta, trabalhadores que só foram presos porque pregavam a tão decantada justiça social.
Por derradeiro, merece também aplausos do funcionalismo público mineiro a persistência de Itamar Franco em retornar recursos financeiros vindos da União para Minas até o dia 24 de dezembro, com o qual conseguiu pagar o 13.º salário ao funcionalismo.
Mais uma vez venceu a persistência do ex-governador. - Sebastião Tadeu Ribeiro