Os problemas aumentam causados pelas intensas chuvas em São Sebastião do Paraíso e região. O tempo melhorou um pouco, em relação ao inicio do ano, mas basta uma nova chuva mais torrencial para que os efeitos da destruição apareçam novamente. Em alguns locais, os serviços de reparação foram feitos esta semana em caráter de urgência, obrigando a Secretaria municipal de infra-estrutura a lançar a operação emergência.
A população dos bairros periféricos é quem mais sente a situação. Entretanto não há vítimas conforme, assegura o Corpo de Bombeiros. As chuvas dos últimos dias castigaram, provocando estragos em diversas ruas pavimentadas ou não. Porém, os locais mais atingidos são os barrancos em que o asfalto não chegou ou foi feito parcialmente, como no Paraíso dos Bosques, Rosentina e Jardim Europa. Os danos também comprometeram o trânsito nas rodovias e nas estradas rurais, desencadeando intensa mobilização da Secretaria de Infra-estrutura.
Conforme explica ao Jornal do Sudoeste o secretário Luiz Alberto Pimenta, a situação ficou caótica em Paraíso. Confirmou que há pontos críticos e anunciou a operação emergência. "Nós tivemos que fazer um desdobramento de frentes de trabalho e maquinários para providenciar os reparos nas diversas vias públicas e nas estradas rurais", comentou.
O secretário admitiu que há dificuldade em atender a todos os locais imediatamente. "Até nosso acesso no local onde buscamos cascalho ficou em péssimas condições", acrescentou.
Impressionado com a quantidade de chuva, o secretário disse ter auferido em apenas duas horas, uma quantidade de chuva em 100 milímetros. "Isto tem prejudicado o trabalho de recuperação. É tampar e a enxurrada abrir novamente, alguns buracos até com maior extensão e profundidade", relata. Quanto a continuidade da pavimentação, Luiz Alberto advertiu que as obras serão retomadas, provavelmente em março, período em que estima não haver mais chuvas continuas e intensas.
A reportagem do "JS" constatou no Bairro Paraíso do Bosque e Vila Mariana, a situação drástica de algumas ruas que tiveram acesso interditado pelos buracos que deixaram à mostra tubulações subterrâneas de água e esgoto. No entroncamento da ruas Álvaro Mariano com a João Pedroso de Pádua, no Paraíso dos Bosque, a cratera que se abriu, leva perigo as residência e teve o trânsito impedido. Não muito distante, na Rua Placidino Brigagão, a calçada na porta da Escola João Alves de Figueiredo tende a ser totalmente destruída.
Luiz Alberto considerou que a estiagem de quinta e sexta feira permitiria reparos no local. Entretanto choveu intensamente nos dois dias e a me-teorologia previa mais chuvas para o final de semana e o feriado de amanhã. Conforme levantamentos do departamento técnico da Cooperativa Regional dos Cafeicultores - Cooparaíso, o índice pluviométrico acumulado nos primeiros 16 dias do ano chegou a 388 milímetros. "A media diária é de 30 milímetros", observou Nívea Silva, funcionária da repartição e que faz o mapeamento captando dados na estação da Epamig. A possibilidade de chuva estava prevista em de 80%, sendo que em 6 e 7 de janeiro, foram os dias que mais choveram. Apenas dois dias, 8 e 9 não choveu.