No dia 1.º de março, conforme foi divulgado, medicamentos terão preços reajustados entre 8.63% a 9,92% , o mesmo percentual aplicado no final do ano passado, conforme acordo estabelecido entre Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica -Febrafarma e Governo Federal, assinado no dia 27 de dezembro de 2002.
De acordo com o protocolo de intenções apresentado pela Febrafarma, o congelamento foi feito, entre outros fatores, considerando que a saúde é um direito de todos, e dever do Estado, conforme a Constituição da República e a assistência farmacêutica é um desses componentes.
Os preços serão mantidos congelados até o próximo mês, quando sofrerá um novo reajuste que, de acordo com a federação, é para compensar a defasagem no preço dos remédios frente a desvalorização cambial, ocorrida no ano passado, mas uma política para a regulação nos preços deverá se fechar até o mês de junho.
Conforme fala a farmacêutica Ana Cláudia Campos Soares, esses reajustes estão fazendo com que as vendas de remédios diminuam. "O preço não depende da farmácia, é controlado pelo governo, nós somente repassamos ao consumidor, que infelizmente está sendo prejudicado com isso", conta Ana Cláudia.
Conforme explica, a alta resultou em queda de 30% na procura desses produtos. "Acontece que esse é um produto que às vezes é essencial", comenta.
As opções que uma pessoa tem para tornar menor esse custo é fazer convênio com as farmácias. "Empresas podem fazê-lo, pela venda em grande quantidade, a drogaria fornece um desconto expressivo", explica.
Além disso, existem as opções dos medicamentos genéricos, ou então, os manipulados que, de acordo com Soares, pode sair até 50% mais barato. "Esses produtos têm a mesma qualidade que os outros e o preço sai mais em conta", explana.
O empresário Jovino da Silva, faz uso constante do triatec, um remédio utilizado para controlar a pressão arterial. Atualmente este custa R$91,20 e a partir do próximo mês, passará para R$100,24, que de acordo com ele, é um valor muito alto. "Não é qualquer um que pode utilizar deste produto", fala.
Para diminuir esse custo, sua empresa tem convênio com uma farmácia da cidade, mesmo assim, diz ser um valor abusivo. "Um pai de família que recebe dois salários mínimos, não tem condições adquirir. Além de medicamentos, as pessoas precisam de outros produtos também essenciais", finaliza.' Nádia Bícego