Indústria inicia atividades no distrito de Guardinha

Por: Redação | Categoria: Arquivo | 09-03-2003 00:00 | 1149
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O distrito de Guardinha poderá se tornar o maior produtor de pigmentos de sulfato de zinco de Minas Gerais, possivelmente do Brasil. Essa é a previsão do engenheiro José Márcio Colombarolli, diretor-proprietário da Pigminas, Pigmentos Minas Gerais - que deve entrar em operação nesta semana. Técnicos da Fundação do Meio Ambiente - FEAM vistoriaram as instalações e deram parecer favorável. Basta apenas ser formalizada a chamada Licença de Operação, aguardada ainda nesta semana.
Colombarolli é paraisense, formado em Ouro Preto como engenheiro metalurgista e químico. Depois de atuar em empresas de renome, implantou a Pigminas no município de Matosinhos e, num processo de expansão, optou por montar uma filial no distrito de Guardinha, numa área rural de sua propriedade.
Sua iniciativa chegou a ser vista com certa reserva, com o temor que pudesse, por ser uma indústria química, causar algum tipo de dano ao meio-ambiente. Mas conforme explica, no processo de industrialização não há sobra de resíduos poluentes. Pelo contrário, pois se trata o material a ser produzido é um ingrediente na linha de alimentação animal, como por exemplo, em rações e sal mineral. É também utilizado na farmacologia, em vacinas animais, agricultura, em culturas perenes. 
A produção de sulfato de zinco será de 400 toneladas mês. Numa próxima etapa, conforma explica Colombarolli, também serão produzidos sulfato de manganês, cobalto, magnésia e ferro e óxido de zinco. De início serão gerados 15 empregos diretos, e dentro de um ano esse número será triplicado.
Ao falar sobre os motivos que o levaram a escolher Guardinha para implantar a filial da Pigminas, o engenheiro enfatiza que como paraisense, é uma forma de unir o útil ao agradável, pois estará gerando empregos e divisas no município onde nasceu. Além do mais, sob o ponto de vista empresarial, há o fator da proximidade de algumas indústrias já instaladas na região que utilizam usam os sulfatos como matéria prima. 
"Em Minas são poucas as fornecedoras de sulfatados", disse. Complementa que o fato de estar próximo do consumidor significa mais competitividade em busca de mercado, onde se leva em conta alguns fatores como "menor custo, menor preço".
A exemplo do que ocorre em Matosinhos, o engenheiro tem como meta desenvolver através da Pigminas, projetos de integração na área social, abrangendo idosos e menores carentes.
Ao Jornal do Sudoeste, Colombarolli explicou ter desenvolvido todo o projeto e bem como a execução da montagem do equipamento a ser utilizado. "Tudo é previsto, de modo a assegurar um trabalho seguro, sem a possibilidade de nenhuma agressão ao meio-ambiente", conclui