Por mais de 2 horas insegurança foi debatida na Câmara Municipal

Por: Redação | Categoria: Arquivo | 30-03-2003 00:00 | 581
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O presidente da Câmara Municipal de Paraíso, vereador Antônio Fagundes de Souza (Tuniquinho) pretende semanalmente ouvir autoridades responsáveis pela segurança pública no município. O primeiro convidado foi o comandante da 81.ª Cia. de Polícia Militar Especial, major Silva Neto que em férias foi representado pelo sub-comandante, capitão Aurecy. O vereador Márcio da Silveira ao questioná-lo, disse que a população está aflita. "Com todo o respeito que tenho pela Polícia Militar, devo lhe dizer que a segurança pública aqui está acéfala", disse Silveira, para ao final de seu pronunciamento implorar: "Pelo amor de Deus nos dê segurança".
Por mais de duas horas, capitão Aurecy ouviu queixas, respondeu perguntas e deu explicações. A linha de raciocínio dos vereadores, com raras exceções, foi de denunciar o crescente número de furtos, homicídios, venda e consumo de drogas no município. "Não se pode mais sair, viajar, sem que alguém fique de guarda nas casas", observou Már-cio da Silveira. O vereador com a pergunta, "aonde vamos chegar", disse que as pessoas estão se trancando cada vez mais em casa, temerosas e intranqüilas, o que também ocorre na zona rural.
Silveira admite que a polícia encontra limitações, mas por outro lado entende que uma vez pagadores de impostos, todos os habitantes têm o direito à proteção. A comunidade nos cobra, e com razão. Não há mais lugar para retórica ou para discursos, disse.
O vereador alerta que, por se sentir temerosa e desprotegida, boa parte da população admite a possibilidade do "olho por olho, dente por dente", medidas drásticas que como cristão ele não concorda.
Em resposta, o sub-comandante da 81.ª capitão Aurecy disse que entendia a preocupação dos vereadores, e não via as críticas como ofensivas. "Não digo que toda a comunidade está insegura", afirmou. O capitão enfatizou o empenho da PM na busca de solucionar o problema ao informar que muitos policiais vão além de suas obrigações e se sujeitam a trabalhar voluntariamente em jornadas extras. Admitiu que como Companhia Especial, e com alguns municípios a ela jurisdicionados, há muito trabalho.
O sub-comandante explicou que até de acordo com normas existentes, existem sérias restrições nos pronunciamentos de militares, quando em público, por isso nem tudo poderia ser dito. "Mas lhes afirmo com convicção que os senhores e a sociedade podem ficar tranqüilos, pois em breve serão notadas muitas mudanças".
De acordo com proposta de Márcio da Silveira, uma comissão de vereadores irá amanhã primeiramente à sede da 81.ª Cia. de Polícia Militar Especial e, em seguida à 48.ª Delegacia Regional de Segurança Pública. O objetivo é reafirmar o pedido de providências para se oferecer segurança à população.