A Viação Cidade dos Ipês, empresa atualmente responsável pelo transporte coletivo em São Sebastião do Paraíso, encaminhou a Secretaria Municipal de Segurança Pública, Trânsito e Transporte ofício onde solicita reajuste tarifário para continuar prestando o serviço no município. O reajuste pedido pela empresa é de R$3,50 para zona urbana e R$7 para zona rural e distrito de Guardinha. Caso não atenda solicitação, empresa comunicou que não assinará novo contrato de dispensa de licitação para continuar operação na cidade.
Atualmente o município trabalha para realizar licitação do transporte coletivo e, enquanto isto não acontece, a Cidade dos Ipês está operando em caráter de emergência e o prazo para fim do contrato é o próximo dia 8 de julho. De acordo com o Secretário Municipal de Trânsito, Miguel Félix, a Secretaria está fazendo um estudo para ver a compensação tarifária para ver se consegue fazer uma proposta mais ou menos dentro do que a empresa está pedindo e, na contrapartida, também irá cobrar melhorias do oferecimento do serviço.
De acordo com a empresa, a prestação do serviço a uma tarifa de R$ 2,80 está inviabilizando a continuidade dos trabalhos. Segundo afirma em ofício, houve grande aumento no valor do combustível e insumos, além de todo o custo envolvido na prestação do serviço. Ainda, de acordo com a empresa, há três anos ela opera sem reajustes tarifários e houve grande aumento da gratuidade do transporte em proporção a diminuição do número de usuários, estimados pela empresa em 20%.
Conforme Miguel Felix, é bem possível que a empresa esteja enfrentando essas dificuldades, mas o reajuste só será possível desde que ela se comprometa em realizar a manutenção dos ônibus e cumprir todos os itens que foram notificados à empresa, que já chegou a ser multada pelo Município. “Estamos estudando a forma de composição da planilha para ver se conseguimos chegar mais ou menos neste valor.
Entretanto, se fizermos um levantamento na região, Paraíso é a cidade que paga menos pelo uso do transporte coletivo, na região valor gira em torno de R$ 4,00” afirma.
Em relação ao processo licitatório, ele conta que atualmente todas as documentações foram encaminhadas para o MP para ver se havia alguma irregularidade. “Sugeriram-me que realizássemos um estudo de origem/destino antes da elaboração do edital e como isto gera gasto, estávamos pensando fazer após. Mas como o foi uma recomendação do MP, abrimos processo de licitação para contratar empresa que realizará este estudo. Será um estudo bem criterioso que analisará os pontos de necessidade de parada, número de usuários entre outras questões. As empresas que devem participar deste processo não são aventureiras e acredito que o mais logo tudo isto estar resolvido”, completa.