Em tempo, a Prefeitura de São Sebastião do Paraíso encontrou uma solução viável para resolver a superlotação e falta de espaço para a construção de novos túmulos no cemitério municipal.
O Jornal do Sudoeste publicou várias matérias sobre o preocupante fato da capacidade de área livre reduzida para novos sepultamentos.
O prefeito Walker Américo, a Secretaria municipal de Obras e a Administração do Cemitério da Saudade estavam procurando solução rápida, e há poucos dias entraram em contato com a empresa Valfer Tecnologia, que criou um processo que desidrata e dá destinação ao necrochorume (líquido resultante do processo de decomposição dos cadáveres), assim que ele é gerado.
O necrochorume é responsável pelos problemas relacionados a cemitérios, sendo sua eliminação a solução definitiva. Referido sistema chamado “cemitério ecológico”, será implantado em Paraíso. Traz várias vantagens, tanto para o município (Prefeitura), bem como para a população como um todo, porque reduz pela metade o tempo de decomposição de restos mortais, e gera o dobro de capacidade rotativa do cemitério.
Outro detalhe importante é o investimento, considerado pequeno, em pequenas áreas ou terrenos, a partir de mil metros quadrados. O custo de manutenção é menor e as construções do cemitério ecológico são viáveis em qualquer região da cidade.
Conforme garante a empresa Valfer Tecnologia, especializada há mais de uma década, na implantação de cemitérios ecológicos, o sistema a ser utilizado em Paraíso é o mais natural, humano, ecológico e não oneroso sistema de decomposição de corpos, com aceitação universal.
A tecnologia usada, segundo a empresa, é através de filtro específico fabricado pela própria Valfer, através de tubos colocados dentro dos túmulos pelos quais desidrata e evapora o necrochorume. Evita mau odor e contaminação do solo, do lençol freático e do ar.
Conforme a empresa, a tecnologia descrita está com cem por cento de aprovação nos órgãos ambientais e fiscais, como o Conoma e Cetesb. Salienta que em todos os cemitérios em que foi implantada, não sofreu qualquer restrição, sendo o único sistema passível de obter a licença de funcionamento definitivo, garante a Valfer Tecnologia.
No início desta semana a Prefeitura de Paraíso iniciou a construção de túmulos em forma de gavetas, sendo cada um com quatro gavetas, um sobre o outro. Conforme informações obtidas pelo “JS” serão construídas 600 gavetas, sendo que com a implantação do sistema ecológico, restos mortais poderão ser exumados, retirados, após quatro anos de sepultamento, sendo os restos mortais colocados em ossários que também serão construídos.
Um detalhe que a população paraisense deve saber, é que com o sistema a ser implantado, não mais haverá túmulos ou gavetas perpétuas. Assim que vencer o prazo de quatro anos de sepultamento, restos mortais serão retirados e colocados em ossário, e a gaveta ficará desocupada para outro corpo ser sepultado, ou seja, o sistema será rotativo. O custo para sepultamento ainda não foi estabelecido.
Então foi encontrada uma ótima solução para a construção de novos túmulos no Cemitério da Saudade. Irá ocupar área de pequeno espaço, e com o novo sistema ecológico poderá ter tempo de duração podendo chegar até trinta anos.
O novo espaço que está sendo implantado fica onde há uma rua entre o cemitério da parte antiga e da outra parte, próximo do Estádio Comendador João Alves (campo da Paraisense), Jardim Canadá.
Vale lembrar que os antigos túmulos e carneiros já existentes no Cemitério da Saudade continuam sem nenhuma alteração de uso. Permanecem perpétuos e poderão ser utilizados, como tradicionalmente foram.