A Secretaria de Estado da Saúde (SES/MG) divulgou na segunda-feira,9, mais um boletim epidemiológico de monitoramento dos casos de Dengue, Chikungunya e Zika Vírus. São Sebastião do Paraíso teve duas notificações para Zika, cuja as amostras foram encaminhadas para análises em Belo Horizonte e foram descartadas.
"Novamente voltamos as nossas atenções para os casos de Dengue e continuamos alertando a população para a manutenção e limpeza dos quintais e terrenos, tendo em vista a volta do calor e em breve teremos o retorno das chuvas que se tornam fatores favoráveis à procriação do mosquito Aedes aegypti, causador destas doenças", avalia Daniela Cortez, coordenadora de zo-onoses.
Em São Sebastião do Paraíso foram registrados nas últimas quatro semanas dois casos suspeitos de Zika Virus. De acordo com Daniela Cortez os exames não se confirmaram e foram descartados. "Eram situações envolvendo duas gestantes que fizemos a coleta de amostras enviadas para análise laboratorial e que deram negativo", observa. Ela explica que mesmo assim as notificações constam nos boletins divulgados.
Somente neste ano foram processadas para zika 4.389 amostras de 331 municípios de Minas Gerais. As metodologias utilizadas são biologia molecular para identificação do vírus e sorologia IgM e IgG para pesquisa de anticorpos. Até o momento, 39 amostras foram positivas na sorologia para zika.
Para operacionalização das ações de prevenção e controle para dengue, chikungunya e zika é necessária a organização da rede de serviços de saúde.
Estas medidas são válidas, principalmente para o fortalecimento da atenção primária, realização contínua do controle vetorial mecânico, ou seja, eliminação e manutenção dos criadouros, divulgação de informações e trabalho de educação em saúde para a população. Reforça-se a importância de assegurar, pelas três esferas de governo, a implantação de ações e fortalecimento de grupos intersetoriais para o enfrentamento das doenças transmitidas pelo Aedes.
"A nossa preocupação é que o calor está volta e logo também retorna o período das chuvas e poderemos ter novamente ter o aumento dos casos de dengue", alerta. Ela destaca que apesar da Prefeitura ter realizado vários mutirões de limpeza de terrenos e quintais a população não está colaborando com a limpeza da cidade. "Temos casos em que dois a três dias após a limpeza, pessoas voltaram a lançar lixos onde foi limpo e a sujeira se avoluma", descreve.
Daniela Cortez reafirma de que nada adianta fazer campanhas e ações de conscientização se na prática as pessoas não colaboram. "A Prefeitura disponibiliza o cata-treco, faz a coleta seletiva de material reciclável, temos os mutirões de limpeza por toda a cidade, mas é preciso uma maior colaboração das pessoas. Temos registros de que áreas que foram limpas e dois a três dias já havia lixo e entulho jogados no local", exemplifica. Há situações em que os próprios vizinhos é quem estão fazendo descartes incorretos nestas áreas.
O boletim aponta ainda que em Minas Gerais somente em agosto foram 22 casos contra oito registrados em 2018. No mapa divulgado pela SES/MG Paraíso aparece como município com baixa incidência para Zika. Neste ano foram processadas exames em 4.389 amostras para Zika, situações que envolvem 331 municípios. Ainda em relação à Zika, a SES/MG divulgou que foram registrados 834 casos prováveis da doença em 2019, até a data de atualização do boletim.
Neste ano, até o momento a partir dos dados atualizados em 9 de setembro, Minas Gerais registrou 474.693 casos prováveis (casos confirmados + suspeitos) de dengue, e 132 óbitos.
Quanto à Febre Chikungunya, Minas Gerais registrou 2.632 casos prováveis da doença em 2019. Foi confirmado apenas um óbito para chikungunya. Já em relação à Zika, foram registrados 834 casos prováveis da doença em 2019, até a data de atualização do boletim. O estado está em situação de alerta para esse aumento no número de casos das doenças transmitidas pelo Aedes (dengue, chikungunya e zika).