O Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes Aegypt, o Lira, realizado pela Vigilância em Saúde de São Sebastião do Paraíso, revelou um aumento preocupante dos focos do mosquito, principalmente, em construções e obras. O número, que corresponde a 1,8% e é considerado risco médio, contrasta com os dados do primeiro semestre, que revelou alto índice de mais de 9% de infestação nos quintais das residências.
De acordo com a coordenadora da Vigilância em Saúde, Daniela Cortez, os dados se diferenciaram principalmente nos ambientes em que foi identificado larvas do mosquito da dengue. “Foram muitos focos encontrados em construções, principalmente em tambores d’água. São focos que o agente não consegue eliminar, inclusive piscinas, onde também foram encontrados bastante focos, e em casa fechada para alugar”, conta.
Apesar do índice ser preocupante, Cortez destaca que houve uma redução muito grande comparada ao mesmo período do ano passado, quando os dados apontaram um índice de infestação de 4%. “O ideal é que esse número esteja abaixo de 1%, acima disso o risco é de epidemia. Em Paraíso houve mudança, principalmente nas regiões onde antes era registrado alto índice e, agora, está baixo”.
Em compensação, algumas regiões como Mocoquinha, Lagoinha e bairros próximos, a Vigilância detectou um aumento do número. A coordenadora atribui situação aos mutirões que foram realizados com mais intensidade em regiões que antes causavam maior preocupação. “Fizemos um trabalho nessa região e hoje o índice está bem baixo. A população precisa estar atenta, preocupada com os quintais, principalmente neste período, que há muitas chuvas seguidas de sol intenso”, pede.
Por fim, Daniela Cortez destaca que tem sido feito um trabalho importante de educação e conscientização nas escolas e ressalta a necessidade de envolvimento, não apenas da população, mas também de empresas e demais setores da sociedade no combate à dengue. “É importante essa união, para que os números sejam reduzidos ainda mais, e menos pessoas sejam infectadas pelo mosquito. Além disso, é graças ao Lira que podemos identificar essas mudanças e redirecionar nossas ações”, completa.