O governador não se fez de rogado, tirou uma pestana
Por: Nelson Duarte | Categoria: Cidades | 25-10-2019 16:31 | 463
Desde o infausto acontecimento em Brumadinho, quando mais de duas centenas de vidas foram ceifadas, além de um rastro incontável de consequências danosas vieram à tona, a Vale S.A, que até 2007 era Companhia Vale do Rio Doce, passou a ser nome feio, pecha da qual dificilmente irá se desvencilhar. O trágico rompimento da barragem tem sido tratado como omissão por parte da empresa.
No entanto, há de se considerar a importância desta que é uma das maiores mineradoras do mundo, fundada em 1941 em Itabira, e teve como fundador e primeiro presidente o engenheiro e administrador, Israel Pinheiro da Silva, de destacada trajetória profissional e também política, mineira e nacional.
Além de fundar a Vale, Israel Pinheiro, mineiro de Caeté, aceitou e cumpriu o desafio de construir Brasília, sendo o primeiro prefeito do Distrito Federal. Foi vereador, deputado constituinte, secretário de Agricultura, Indústria, Comércio e Trabalho de Minas Gerais, e depois, governador do Estado no período de 1966 a 1971. Esteve em São Sebastião do Paraíso no final da década de 1960 para, conjuntamente com o então governador do Estado de São Paulo, Abreu Sodré, inaugurar o asfalto no trecho mineiro da atual BR 265, onde há marco o divisório, época em que Alípio Mumic era prefeito.
Palanque montado à margem da rodovia. Nele, Israel Pinheiro, Abreu Sodré, assessores, prefeito Alípio, vereadores e convidados. Muito peso, e o palanque não resistiu, vindo ao chão muita gente, felizmente sem maiores consequências, somente susto.
A recepção e agradecimento às autoridades foi em concorrido almoço no Clube Paraisense. O governador Israel Pinheiro, com tranquilidade que Deus lhe deu, após o repasto não se fez de rogado, tirou uma soneca. Estava sentado ao lado de Abreu Sodré.
Israel Pinheiro foi o criador do Festival de Arte de Ouro Preto, dentre inúmeras ações voltadas para a arte e cultura.
por Nelson Duarte - Jornal A Semente da APC