A Sociedade Beneficente Recreativa Operária, a Liga, fundada em maio de 1926 sob liderança de Máximo de Luca, primeiro presidente da diretoria provisória. Conforme relata o historiador, acadêmico Luiz Ferreira Calafiori em “São Sebastião do Paraíso - História e Tradições” - 2.ª edição, a ata de fundação foi registrada na residência do senhor José Braz Naves, que foi o primeiro secretário daquela instituição.
A Liga Operária tem relevante importância na história desses quase dois séculos do município, graças ao pioneirismo de cinquenta e sete cidadãos que se uniram objetivando criar uma entidade social, onde foram realizados bailes memoráveis, quermesses beneficentes, eventos sociais marcantes para muitas gerações de paraisenses.
A presidência contou com baluartes como Juvenal Fernandes Basílio, Paulo Osias de Sillos, Joaquim Paiva Caldeira Brandt, Vitório Colombarolli, José de Moura Soares, Professor Ary de Lima, Carlos Gaspar, Gilberto Gaspar, Professor José Carlos Maldi, Luiz Cortez, Argemiro de Pádua, Carlos Franchi, Irineu Inácio Ferreira, dentre outros.
Em determinado período da década de 1960 a Liga estava com pequena frequência de associados e ganhou novo impulso na gestão do contabilista Luiz Cortez, que foi vereador em Paraíso. Por sua iniciativa a Liga passou a ter suas dependências franqueadas todas às noites de segunda à sexta-feira. Uma eletrola tocava músicas dançantes, som que era ampliado por caixas acústicas, e até as vinte duas horas, “pés de valsa” experientes, e aprendizes de dança passaram a ocupar, mais e mais, o legendário salão.
Neste contexto também contribuíram para atrair novos e antigos frequentadores, duas mesas de ping-pong ou, como queiram, tênis de mesa.
Era o que faltava, e assim bailes passaram a ser realizados todos os sábados, além de domingueiras, sempre de “casa cheia”, respeitando-se apenas o período da quaresma.
por Nelson Duarte - Jornal A Semente da APC