Devido à crise financeira que assola o Brasil e o número de desempregados que ultrapassa 12 milhões, principalmente pais de família são obrigados a se virarem e encontrar uma forma de trabalho, serviços informais, para conseguirem dinheiro para custear despesas necessárias no dia a dia.
Neste contexto de desemprego, pessoas que tinham trabalho formal foram despedidas de empresas, dentre outros, profissionais qualificados, muitos com cursos superiores, os quais para sobreviverem e ganhar o pão de cada dia, estão fazendo salgadinhos em casa, recolhendo produtos recicláveis para vender. Alguns que conseguiram dinheiro em indenizações e direitos trabalhistas montaram pequenos comércios, passaram a prestar serviços.
Há os que tinham ou compraram automóveis ou motocicletas para trabalhar transportando passageiros, por exemplo pelo sistema de aplicativos (Uber), e mototaxistas, além de outras alternativas para garantir o sustento de suas famílias. No entanto, por outro lado esta prática tem desencadeado sério problema a uma antiga classe de trabalhadores no Brasil, e, principalmente aqui em São Sebastião do Paraíso, os taxistas.
O aumento no número de mototaxistas e dos que prestam transporte de passageiros via aplicativos, refletiram na diminuição de trabalho para taxistas, conforme afirmou um grupo de profissionais ao Jornal do Sudoeste, nesta semana, queixando-se de “enorme perda de renda”.
Vários deles relataram que no mês de outubro, e em novembro, não conseguiram sequer ter rendimento equivalente ao salário mínimo. “Do jeito que a situação está ficando, forçosamente teremos que arranjar outra alternativa de trabalho para garantir a cobertura de despesas pessoais”. Afirmaram que a persistir tal situação terão que recorrer a cortes em despesas com lazer com suas famílias, e temem até ter que suprimir as essenciais relacionadas à saúde.
É uma pena o que está acontecendo. Taxistas são profissionais que pagam seguro total contra acidentes com cobertura para o veículo, para eles e passageiros. São obrigados a fazer cursos de direção defensiva, primeiros socorros, estão sujeitos à colocação de taxímetros em seus veículos, suas carteiras de habilitação devem ser categoria D. Precisam ter ponto fixo de trabalho, há a exigência que seus veículos sejam novos, são vistoriados e identificados com sinalizadores luminosos constando ser “Táxi”.
São profissionais que merecem respeito, apoio e consideração tanto pela população, como por autoridades. “A continuar como está, será mais uma categoria que poderá entrar em extinção”, disse ao Jornal do Sudoeste, um taxista.