Uma foto, registrada por um morador no bairro Lagoinha reacendeu um tema que foi abordado pela reportagem do Jornal do Sudoeste em outras oportunidades: moradores em situação de rua. Desta vez, um homem foi flagrado fazendo comida, encostado em parede em um prédio próximo a Prefeitura, na Lagoinha. Após situação, os moradores em situação de rua não foram encontrados no local.
Em contato com o secretário municipal de Desenvolvimento Social, Marcelo São Julião explicou à reportagem que a assistência social tem feito trabalho de abordagem para tentar identificar esses moradores e poder conseguir restabelecê-los à sua família, mas a grande maioria ou não quer voltar para sua origem ou não tem nenhuma identificação.
“Não conseguimos localizar esses moradores. No momento que passamos no local, inclusive com apoio da Guarda porque são pessoas em situação de rua que têm o hábito de estar com um pedaço de pau e costumam agredir nossos agentes, não encontramos ninguém. Muito provavelmente estavam em um local próximo que oferece almoço a eles”, conta.
Marcelo explica que é uma situação muito delicada porque “são pessoas, e é preciso respeitar suas vontades”. Ele conta que a situação é tão complica que sequer existem políticas públicas para tratar pessoas em situação assim, e conta que em Paraíso existem algumas organizações que buscam atender aos necessitados, mas que mesmo assim, boa parte não quer deixar a rua para morar em um ambiente que é preciso “respeitar regras”.
“Nosso trabalho é muito ingrato, porque é um trabalho que ninguém enxerga, e nós estamos mobilizados para tentar encontrar a melhor forma possível de atender a esta demanda. Temos uma parceria muito forte com a Chácara Pedacinho do Céu que também acolhe este pessoal e oferece um tratamento para dependentes químicos, se for o caso, mas tudo isso se a pessoa quiser. Não podemos forçá-la a nada”, destaca.
ORIENTAÇÕES
Marcelo conta que no próximo ano o Desenvolvimento Social irá promover campanha a fim de orientar a população em como agir mediante abordagem dessas pessoas. “Nós orientamos ao cidadão a não dar esmola, mas que procure indicar um local que esta pessoa pode ir para buscar ajuda, como as Obreiras do Bem e a própria Chácara Pedacinho do Céu, ou mesmo a Secretaria de Desenvolvimento Social. A pessoa pode ajudar dando essa esmola se quiser, mas só isso não é o suficiente”, completa.