A Prefeitura de São Sebastião do Paraíso encerrou contrato que estabelecia o gerenciamento do estacionamento rotativo pela empresa Zona Azul Central, firmado em 2016. Isso significa que a partir do próximo dia 20, próxima sexta-feira, o estacionamento deixará de ser cobrado. Há cerca de um ano o tema vem causando polêmica e gerando desgastes, chegando a motivar projeto de lei da Câmara Municipal revogando lei que criava a área azul em Paraíso.
De acordo com o prefeito Walker Américo, foi feito um acordo amigável com o diretor da empresa Zona Azul Central Park e a Prefeitura não pagará multa de R$ 200 mil estabelecida no contrato que foi firmado em 2016. “Estamos atendendo pedidos da população, mas é importante lembrar o número de veículos que vêm crescendo a cada ano em nossa cidade. Precisamos cuidar do trânsito do nosso município e pedimos a conscientização e a ajuda de cada motorista para cuidar da cidade”, diz.
Conforme destaca o secretário municipal de Segurança Pública, Trânsito, Transporte e Defesa Civil, Miguel Félix, o próximo passo agora será realizar um plano de trabalho para ver como o município lidará com o fluxo de veículos no Centro. Ele lembra que a tendência é que aumente a frota de veículos em Paraíso. “A população já vinha pedindo o fim deste contrato, e também já existia reivindicação de alguns vereadores. Fizemos as autuações que deveríamos, mas acabou chegando ao consenso de que a melhor opção seria a rescisão deste contrato”, explica.
Miguel destaca que a preocupação que existe agora em relação à rotatividade do trânsito na área central. “A rotatividade é essencial para a movimentação do comércio e para a praticidade dos usuários. A Área Azul funcionava nesse sentido, porém, como houve todo esse desgaste, a melhor opção foi encerrar. Agora, iremos fazer um plano de trabalho, de forma que a alinhemos um planejamento que seja sustentável para a empresa e que atenda aos anseios da população”.
O secretário de Trânsito diz que para o município é financeiramente inviável gerir a área azul, já que o gasto com folha de pagamento de agentes para cuidar dessa questão é muito caro e o que arrecada na zona azul não sustentaria esse custo. “Por isso será feito um estudo técnico para vemos como iremos lidar com isso. O contrato com a Zona Azul foi efeito na gestão do ex-prefeito Rêmolo Aloise, houve diversas falhas e, caso a gente venha fazer um novo contrato, precisamos corrigi-las. Além disso, nosso trânsito agora é municipalizado e temos essa contrapartida caso seja firmado novo contrato”, completa.