IDOSOS

Idosos sofrem com situação de calçadas irregulares e mal conservadas em Paraíso

Por: João Oliveira | Categoria: Cidades | 14-12-2019 10:53 | 1748
Foto: Reprodução

A situação das calçadas de São Sebastião do Paraíso tem causado questionamentos por parte da população idosa que, sem alternativas, acaba se envolvendo em acidentes. Caso que chamou atenção, há poucos dias, foi o de uma idosa que, para conseguir andar na calçada irregular na rua Samuel Soares, cruzamento com a rua Juca Belmiro, foi atingida pela lateral de um caminhão após ter se desviado de uma rampa, aproximando-se do meio fio. Ela foi socorrida e encaminhada para a Santa Casa.

O Conselho Municipal dos Direitos do Idoso está atento a esses casos e tem se mobilizado para cobrar providencias, especialmente no que se diz respeito aos “obstáculos” encontrados nas calçadas e de vagas de estacionamentos para a pessoa idosa e deficiente físico. Conforme destaca o presidente do CMDI, Waldemar Galvão, em Paraíso o caso é muito sério e problemático, principalmente no Centro, que são calçadas muito antigas e que não atendem as necessidades desta população idosa.

“A respeito de bloqueio de passeio, porque não é somente rampa para entrar veículos em suas garagens que dificulta a nossa locomoção, a cidade, por ser muito antiga, tem calçadas muito estreitas, principalmente no centro, em ruas como a Tiradentes e Pinto Ribeiro. Isso já é um empecilho ao pedestre, não somente ao idoso, mas aos deficientes que têm dificuldade de passar com  cadeiras de rodas, ou com muletas”, destaca Waldemar.

O presidente do Conselho ressalta ainda a luta que tem enfrentando para que sejam cumpridas as políticas públicas para a pessoa idosa e também leis já existentes. Comenta que em Paraíso há diversos locais que tem descumprido a legislação e não têm respeitado o Plano Diretor. “O conselho fiscaliza os órgãos públicos governamentais e faz cumprir o Plano Diretor que diz, por exemplo, que não pode ter obstáculos nas calçadas”, destaca.

Waldemar cita diversos estabelecimento e moradores que constroem rampas para entrar em seus estabelecimentos comerciais ou garagens ocupando espaços destinados ao trânsito de pedestres. Essas rampas, conforme destaca o presidente do CMDI, deveriam ser construídas dentro do terreno do proprietário, e não nas calçadas.

Calçadas irregulares e mal conservadas em Paraíso, além de trazerem desconforto no caminhar de idosos, portadores de necessidades especiais, mães conduzindo carrinhos de bebês que acabam usando o leito de ruas e avenidas se expondo a perigo de atropelamentos, também tem ocasionado quedas e fraturas.

“Isso nós não admitimos, porque o espaço é público e pertence a todos nós. É algo que prejudica a população, e estamos trabalhando com cautela, porque o trânsito foi municipalizado e temos mantido um diálogo com a Secretaria de Trânsito para resolver essas questões”, conta.

Outra situação que vem sendo fiscalizada pelo Conselho é em relação ao número de vagas de estacionamento para as pessoas idosas e deficientes físicos. “Iremos acompanhar se há o número correto destinado. Já solicitamos uma planta das vagas de estacionamentos de idosos no município e o Conselho irá acompanhar os 5% de vagas destinadas a nós e à pessoa deficiente, que é de lei e está no estatuto do idoso, está sendo cumprido”, finaliza Waldemar Galvão.