A diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de São Sebastião do Paraíso e Região Sudoeste aguarda para os próximos dias a marcação de reunião pela prefeitura para debater a data base da categoria. Conforme o presidente da entidade, Rildo Domingos da Silva, a pauta de reivindicação foi protocolada em 29 de novembro, um dia após a realização da Assembleia Geral Extraordinária dos servidores.
“Temos uma pauta com 26 itens, todos são importantes, mas existem detalhes como o reajuste e as renovações dos planos de cargos de vários setores que são fundamentais e estamos prontos para dialogarmos e encontrarmos as soluções necessárias para os nossos trabalhadores”, afirma.
Rildo explica que a data base dos servidores municipais é em fevereiro para os salários recebidos no início de março. “Fizemos um amplo trabalho ano passado com diversas reuniões setoriais envolvendo trabalhadores dos mais diversos segmentos da administração que culminou com a assembleia geral ocorrida no final de dezembro”, explica o presidente. Ele enfatiza que foi elaborado um documento com 26 pontos onde constam as principais reivindicações dos servidores públicos municipais.
Entre os itens consta o pedido de reajuste salarial aprovado pela assembleia de 6,5%. A categoria pede ainda mais 3,5% de ganho real. “Tivemos recentemente um momento de muitas altas nos preços dos produtos, desde a carne, os combustíveis e outros setores. Foi com base neste cenário, olhando as perspectivas é que se chegou a estes percentuais”, anuncia o sindicalista. “A lista é extensa todos os pedidos são importantes, destacamos apenas alguns para realçar o quanto teremos de trabalhar e onde vai estar o nosso foco, em quais questões atuaremos mais diretamente”, anuncia Rildo.
O presidente enumera outros itens. “É o caso da revisão do Plano de Cargos, Carreira e Salários, do quadro geral que tem data limite de até maio para ser resolvido por ser este um ano eleitoral”, antecipa. Situação semelhante refere-se aos planos de cargos da Guarda Municipal e ainda a do Magistério. “Já existe uma comissão mista que foi formada e está trabalhando há algumas semanas neste sentido estudando o assunto para um relatório definitivo”, explica.
Outros pleitos referem-se ao pagamento dos servidores da ativa e os aposentados no quinto dia útil do mês, pagamento do auxílio alimentação aos professores em substituição em horas adicionais. Também é pedido o fim dos contratos temporários de 60 dias renovados, garantia de repasse dos valores do INPAR (Instituto de Previdência dos Servidores Municipais Aposentados) até o dia 20 de cada mês. Ainda dentro das reivindicações consta doação de coletes balísticos individuais para a Guarda Municipal, efetivação por concurso para os cargos de Agente Comunitário de Saúde, Agente de Combate de Ende-mias entre outras questões.
Rildo Domingos disse que aguarda um posicionamento da prefeitura e a marcação de uma reunião para debater a pauta ainda neste mês. “Teremos o encontro mensal da agenda positiva e esperamos uma resposta para novamente aprovarmos a contraproposta em assembleia”, explica.
O presidente enfatiza que o Sempre e a Prefeitura têm pautado pelo diálogo para as negociações o que favorece a obtenção de respostas positivas. “O caminho é longo a ser percorrido e muitas vezes pensa-se que não haverá fruto, mas o resultado aparece, com muito trabalho, como foi o caso da promoção extraordinária. Foram mais de 10 anos de paciência nas negociações para alcançar resultados com paciência e estratégia, este é o caminho”, diz o presidente.
Quanto às críticas de que o SEMPRE não estaria lutando pelos interesses do funcionalismo, Rildo discorda. “As críticas são bem vindas e são importantes ferramentas de construção. Tem que ter objetividade, contemplando um horizonte, um norte, para ser construtivo”, opina.
O presidente considera que o trabalho esta no caminho certo. “Mesmo as críticas sem fundamento são avaliadas, trabalhamos bem com elas. Hoje o modelo de trabalho é outro, há uma nova filosofia em andamento, mais adequada aos novos tempos e situações para que os prejuízos não sejam maiores”, finaliza.