Pelo terceiro dia consecutivo, funcionários da empresa que prestava o serviço de transporte coletivo em São Sebastião do Paraíso continuam em “estado de greve”. Segundo informações a empresa irá encerrar suas atividades no município.
“Estamos esperando a oficialização da empresa para serem tomadas as medidas judiciais cabíveis, se necessário”, disse Carlos Eduardo Silva Severino, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Passos e Região.
O contrato entre o município e a empresas Viação Paraíso e JN Empreendimentos venceu no dia 4 de janeiro, e mesmo em caráter emergencial não pôde ser renovado, tendo em vista documentação exigida por lei, certidões negativas que não foram apresentadas.
Na ata de transição de governos, assinada no dia 2 de dezembro o ex-prefeito Walker Américo disse que “tentou realizar a licitação do transporte coletivo desde dezembro de 2016, porém não conseguiu concluir o processo devido à impugnações, pedidos de recursos e que o contrato temporário com a empresa venceria no dia 4 de janeiro”.
“Isso me causou estranheza. Por que deixar um contrato tão importante vencer no primeiro dia de governo da gestão que assumiria a Administração Municipal”, questionou o prefeito Marcelo Morais.
O prefeito disse que com o vencimento do contrato, a atual gestão chamou a Viação Leopoldinense para renegociar e tentar realizar novo processo de contratação emergencial, mas não foi possível porque a empresa não apresentou ao município a documentação necessária.
Processo licitatório em caráter emergencial foi aberto para contratação desse serviço para os próximos seis meses, contrato temporário foi aberto no dia 6 deste mês, e a abertura dos envelopes com propostas está previsto para o dia 2 de fevereiro.
Ao Jornal do Sudoeste, o advogado Eder Brito disse que “infelizmente a empresa deve encerrar suas atividades em Paraíso. Sem contrato com o poder público, ela fica sem condições legais de atuar no município”.
A greve fez com que pessoas que dependem dos ônibus buscassem outras alternativas, como lotações, mototáxis e prestadores de serviços privados, através de aplicativos, ou longas caminhadas.