O antigo prédio do Instituto Monsenhor Felipe, de arquitetura clássica que foi construído na década dos anos 1920 com a finalidade de ser abrigo para crianças órfãos e carentes do sexo feminino, sendo os materiais empregados na construção desta obra prima, de primeira linha. Mármore Carrara, pisos hidráulicos de quatro cores, madeiras nobres em todas as portas e janelas, isto numa época em que o cimento ainda era pouco utilizado. Restaurar um prédio desta magnitude custa bem mais caro e leva mais tempo do que construir, mas faz bem para todos, em todos sentidos. Para a alma, alta estima coletiva, e a comunidade paraisense agradece, por estar sendo resgatada a identidade desta obra prima de nossos antepassados.
Está e’ uma forma moderna, inteligente e cultural de aproveitamento de espaço desta obra tão nobre. Em vez de demolir uma construção deste porte, está só sendo restaurada pela Construtora Martoni, em parceria com a Mitra Diocesana de Guaxupé, proprietária do imóvel. Um resumo histórico:
Por volta do ano de 1920, São Sebastião do Paraíso já era uma cidade muita rica, já tinha colhido 50 safras de café com qualidade das melhores do mundo, Mild Coffe. Assim a partir da primeira safra no ano de 1870 era o berço e origem da cafeicultura regional. O Município de Paraíso devido ter altitude em média de mil metros, terras das mais férteis do País, proporcionou este desenvolvimento cafeeiro e outros plantios que impulsionou a agricultura paraisense.
Na época um padre mulato reconhecido como um dos mais humanitário nos 200 anos de história de Paraíso, de nome José Felipe da Silveira, passa a bandeja e recebe naquela época dos coronéis da elite cafeeira paraisense, a doação do terreno e materiais para a construção do prédio do Instituto para abrigar crianças pobres e órfãs. Um trabalho completo e eficiente que aconteceu há mais um século pelo carismático Monsenhor Felipe.
No prédio funcionaram cursos para costureiras, pré-escola, serviços gerais que geravam ocupação, Educação e profissão as alunas que residiam naquele local.
A dinâmica instituição filantrópica da época era comandada por uma congregação femininas, Freiras que vieram de Campinas, da Instituição chamada Maria de Jesus Crucificada. Funcionou por 70 anos e infelizmente foi desativada da finalidade de Ação Social e o espaço do prédio passou a ser utilizado por um hotel e estabelecimentos comerciais.
Um detalhe importante que está sendo efetuado na restauração deste prédio que foi tombado como Patrimônio Histórico e Cultural Público do Município Paraisense, a restauração de todos os componentes da antiga construção sendo as paredes, janelas, telhado e madeiramento, vão ficar idênticos ao original, afirmou ao JS, o jornalista e restaurador paraisense, Jaime Carvalhais.
A restauração de portas e janelas estão sendo feitas pelos experientes e eficientes profissionais, Jaime Carvalhais, Adilson da Vila Mariana e Sebastião Coimbra.