100 ÓBITOS

Paraíso é a primeira cidade do Sudoeste Mineiro a alcançar 100 óbitos por Covid-19

Por: Roberto Nogueira | Categoria: Cidades | 13-03-2021 11:11 | 418
Foto: Reprodução

O município de São Sebastião do Paraíso atingiu quinta-feira (11/3), a triste marca de 100 pessoas que perderam a vida em função de complicações da Covid-19. Somente em oito meses de 2020 foram registrados 50 óbitos, mas, como nos últimos meses a escalada da doença tem atingido ritmo mais veloz tanto de contágio quanto de mortes, agora em 2.021 em apenas 70 dias já foram registradas outras 50 mortes.

Este quadro acontece bem no momento em que as cidades estão enfrentando uma segunda onda do coronavírus, mais avassaladora, deixando as autoridades e a população alertas para novas ocorrências.

Antes de Paraíso, cidades de maior e igual porte já haviam atingido, e algumas até superaram, , a marca de 100 óbitos. Itajubá lidera os casos na região Sul do Estado com 156 registros, seguido de Poços de Caldas que tem 146, Varginha com 129 e Pouso Alegre, com 104. Com o caso registrado na quinta-feira,11, o município paraisense passa a ser a primeira cidade no Sudoeste Mineiro a atingir esta marca. Alfenas, mais ao Sul, que tem praticamente o mesmo porte de Paraíso até o fechamento desta edição  estava com 97 casos e Passos que é maior, estava com 81 óbitos.

Quando o cenário de comparação é ampliado para toda Minas Gerais percebe-se que vários municípios em grande parte de maior porte que Paraíso também já atingiram esta marca. Conforme levantamento realizado pela reportagem na relação divulgada pela Secretaria de Estado da Saúde, apenas Frutal (MG) possui população inferior a São Sebastião do Paraíso e está prestes a completar 100 óbitos por Covid. Há cidades maiores que ainda não atingiram este índice como é o caso de Itabira (90), João Monlevade (93) e Nova Lima (96).

Somente em janeiro deste ano foram registradas em Paraíso 25 mortes por Covid-19, praticamente a metade das ocorrências de todo o período. Em duas datas, 4 de janeiro e depois em 11 de fevereiro ocorreram recorde de falecimentos com quatro casos cada. Ainda de fevereiro apesar de haver somente 28 dias, no mesmo mês o total de mortes fechou em 21 registros.

Segundo o prefeito Marcelo Morais a situação poderia ser muito pior se providências não fossem tomadas logo no início de sua administração. “A cidade estava abandonada. Foi preciso que criássemos o Centro do Covid, que fossem tomadas medidas duras de fiscalização e continuamos fazendo o que é possível para reduzir os casos da doença. Estamos fazendo a nossa parte e cabe ao cidadão fazer a dele. Se a população, não colaborar nada que fizer terá efeito positivo”, comenta.

Durante a semana ele se reuniu com donos de bares, lanchonetes e restaurantes para alertar sobre a questão de festas clandestinas. “Se não houver colaboração de todos, não daremos conta e teremos que determinar o fechamento das portas do comércio e adotar outras medidas amargas”, alerta.