Municípios da microrregião de São Sebastião do Paraíso poderão avançar a partir do próximo sábado,24, para a Onda Amarela do plano Minas Consciente. A decisão foi anunciada na tarde desta quinta-feira,22, durante reunião do Comitê Extraordinário Covid-19, grupo que se reúne semanalmente para avaliar a situação da pandemia no estado.
É o segundo avanço consecutivo de Paraíso e municípios vizinhos justificados pelos bons indicadores em relação as internações e contaminações por Covid-19.
São Sebastião do Paraíso é uma das seis microrregiões que obtiveram condições para avançar para a Onda Amarela, do plano Minas Consciente. A medida é válida para cidades como São Tomás de Aquino, Jacuí, Itamogi e Monte Santo de Minas, além de Paraíso que é a sede.
As outras microrregiões também contempladas são Guanhães, Itabira, João Monle-vade, Ouro Preto e Sete Lagoas. Outras micros poderão avançar para a faixa amarela. São elas: Manga/Januária, Araçuaí, Diamantina, Serro, Patrocínio/Monte Carmelo. Ao todo em Minas Gerais são 89 micros sendo que nove ainda prosseguem na Onda Roxa e as outras passaram para a Onda Vermelha.
Na semana anterior Paraíso e a cidades vizinhas já haviam saído da Onda Roxa e avançada para a Onda Vermelha, que é menos restritiva e que possibilitou a abertura dos comércios considerados não essenciais.
A cidade viveu uma grande polêmica através de suas lideranças e também mobilizada pelos comerciantes que contestavam a decisão impositiva do governo. O município ficou uma semana a menos na Onda Roxa devido à resistência do prefeito Marcelo Morais de aderir à fase roxa, o que aconteceu somente depois que uma decisão da justiça o obrigou à adesão.
Agora na Onda Amarela que é bem menos restritiva, comerciantes ganham novas possibilidades. A distância linear das pessoas dentro dos estabelecimentos passa a ser de 1,5 me-tros. Já a capacidade por metro quadrado será de quatro metros quadrado por pessoa em espaço aberto, enquanto que o limite de ocupação em hotéis e atrativos culturais é de 75%. Na Onda Vermelha estas possibilidades eram bem mais restritas.
Também a partir de sábado,24, 13 das 14 macrorregiões de Saúde do Estado estarão na Onda Vermelha do plano Minas Consciente. A decisão é do Comitê Extraordinário Covid-19, grupo que se reúne semanalmente para avaliar a situação da pandemia no estado.
O grupo decidiu pelo avanço para a onda vermelha das macrorregiões Centro, Centro-Sul, Leste, Leste do Sul, Oeste e Vale do Aço. Assim, permanecerá por mais uma semana na onda roxa - com funcionamento apenas dos serviços essenciais - somente a macrorregião Nordeste, que está com 99% de ocupação da UTI exclusivo Covid.
Avaliação
O governador Romeu Zema pontuou a necessidade de a população manter os cuidados para evitar a propagação do vírus. “Temos que analisar os resultados técnicos. Entendemos que podemos avançar para a onda vermelha em quase todo o estado, mas é fundamental compreender que a pandemia continua, que todos os cuidados como uso de máscara e higienização das mãos- são necessários, e que só a vacinação é a solução definitiva”, destacou.
De acordo com o secretário de Saúde, Fábio Baccheretti os índices da pandemia registrados nesta semana indicam uma melhora no cenário. Houve aumento de 4,1% nos casos e 8,2% nas mortes, percentuais inferiores à semana passada. Além disso, a positividade da doença também apresentou queda, chegando a 37%. A incidência da doença também está reduzindo.
Outro ponto levantado é em relação à menor fila de pacientes aguardando atendimento. “A redução constante de pacientes aguardando leitos é um fator confiável. Hoje são 211 aguardando UTI no estado, ou seja, há uma clara redução na pressão por leitos”, afirmou o secretário, lembrando ainda que uma quantidade menor de doentes esperando atendimento permite que o Estado volte a movimentar os pacientes por regiões de acordo com a existência de vagas.
Está prevista a chegada de mais medicamentos do kit intubação nesta semana e também na próxima. Com isso, será possível dar maior tranquilidade aos hospitais para o atendimento dos pacientes que necessitam de sedação.
A expectativa da Secretaria de Estado de Saúde é que, já nos próximos dias, as unidades hospitalares tenham estoque de cinco a sete dias de medicamentos. A queda de internação facilita e há empresas voltando a fornecer diretamente aos hospitais. “Poderemos reduzir a pressão por insumos já nos próximos dias”, completou Baccheretti.