A Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e Serviços destaca nesta edição do ACISSP em FOCO a empresa associada, Extinsul, que em janeiro completou trinta anos de atividades sob direção de Joaquim Teófilo dos Reis.
No final de 1989, adolescente, Juliano Teófilo, começou trabalhar para Valdir do Prado, que era o proprietário da Extinsul, estabelecida naquela época próximo ao Clube Ouro Verde. Dois anos depois foi transferida para Av. Zezé Amaral, um cômodo em frente ao Supermercado GP.
“Eu estava com uns 14 anos, e um dia o Valdir manifestou vontade de vender a empresa, e eu disse isso a meu pai. Ele me perguntou o que eu achava, e afirmei que se trabalhássemos daria dinheiro”. Ele entrou em negociação com o Valdir, e uma semana depois adquiriu a Extinsul, usando dinheiro da venda de uma carreta (era caminhoneiro). Foi em janeiro de 1991. Na época em que Valdir a comprou, a Extinsul se chamava Extiminas”, conta Juliano Teófilo
No início, por garantia, meu pai que havia vendido a carreta comprou um caminhão. Se der algo errado, continuo enfrentando estradas, disse ele. Mas felizmente fomos superando dificuldades. Fazíamos recarga de extintores, no entanto não tínhamos o credenciamento junto ao Inmetro, o que aconteceu em 1993, e foi passo muito importante, explica.
Para credenciar-se ao Inmetro há a exigência de que a empresa tenha máquinas e equipamentos. “Não tínhamos dinheiro, e meu pai acabou vendendo o caminhão. Fui com ele para São Paulo, por dois dias estivemos em alguns fabricantes e adquirimos as máquinas. Gastamos tudo, e mais um pouco. Para buscá-las meu tio Reinaldo Formaggio nos emprestou um veículo. Voltamos no mesmo dia. Ajudei meu pai na montagem, veio o pessoal de São Paulo (fabricantes), e nos deram rápidas noções de como operar o maquinário. Quem acabou nos orientando de fato foram funcionários do Inmetro, a quem somos gratos”, diz.
O credenciamento proporcionou a abertura de portas, uma delas da Votorantim em Itaú de Minas. Tempos depois, foi a Votorantim Metais, em Fortaleza de Minas.
Em 1998 com a obrigatoriedade de veículos estarem equipados com extintores, foi grande alavancagem nos negócios da Extinsul. “Foi a época que mais vendemos, trabalhávamos de domingo a domingo. Ocorreu de igual maneira em 2001 com a lei que estabelece a exigência de extintores em estabelecimentos, edificações e áreas públicas, e assim conseguimos estruturar a empresa”, salienta.
Com a ampliação dos negócios, Kellen Maria dos Reis, irmã de Juliano também se integrou à Extinsul, e foram contratados funcionários. Depois de pagar aluguel por 10 anos, em 2002 foi inaugurada a sede própria na mesma avenida, a Zezé Amaral, 132, aberta uma filial em Passos, e o atendimento estendido a outros municípios.
Se para algumas atividades a edição de determinados planos econômicos no país trouxe desarranjos, na história da Extinsul conforme relembram Juliano e Kellen, em parte eles não têm motivos para queixas. “Tivemos crescimento”, dizem.
Juliano lembra que após no governo do presidente Collor ter ocorrido retenção de dinheiro em cadernetas de poupança, contas correntes e aplicações financeiras retidas por 18 meses, investidores migraram para a construção civil, e o setor se aqueceu em Paraíso. E a Extinsul instalou hidrantes e extintores em diversas construções, afirma.
Juliano fez curso de técnico em Franca (SP) de 1998 a 2001, para se orientar e ter conhecimento de mercado que acreditou ser promissor, e sugeriu a seu pai a diversificação de produtos na Extinsul para a área que se especializou, ou seja, materiais de segurança.
Hoje a venda de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) é o carro-chefe da empresa que tem clientes junto a vários segmentos produtivos, em especial no agro-negócio (que comanda o país), conforme enfatiza Juliano .
Para atender a tempo e hora fazendeiros, sitiantes, turmeiros e trabalhadores individuais, a Extinsul mantém estoque variado. Anteriormente fazendeiros e sitiantes costumavam adquirir EPIs em quantidades maiores e deixar em estoque nas propriedades rurais, mas nesse período de pandemia houve certa mudança, e levam à medida que funcionários vão utilizar.
A linha de EPIs disponibilizados pela Extinsul é extensa.
São conjuntos para aplicação de agroquímicos , proteção facial, luvas, óculos, botinas, máscaras para defensivos em vários tipos modelos, uniformes,. “Conseguimos enxergar a necessidade de cada cliente, na área urbana e rural, não apenas em Paraíso, mas na região, e o uso de redes sociais tem ajudado muito nas vendas. Contato são feitos e através de whatsapp, Instagran podemos demonstrar produtos dentre outros detalhes, e ter agilidade na entrega, o que é essencial”, explica Kellen.
Quanto a reflexos comerciais da pandemia na empresa, ela afirma que por se enquadrar entre essenciais, felizmente a empresa não precisou fechar as portas. A partir de março de 2020 houve grande procura por máscaras, e com isso pessoas de vários setores passaram conhecer a gama de produtos disponibilizados pela Extinsul.
Há três anos Joaquim Teófilo arrendou a empresa para Juliano e Kellen. Montou uma tornearia ao lado. “Ele sempre está aqui. Nesses anos que arrendamos demos continuidade da forma como ele fazia, afinal estamos todos esses anos juntos, desde a compra e evolução. Buscamos diversificar produtos, mais parcerias dentro do mesmo segmento, mas o pensamento é o mesmo, juntos somos mais fortes”, afirmam.
A Extinsul é uma empresa gerida pela família, Juliano, sua esposa Kellen Helena, Kellen Maria e sua filha Laila, auxiliados por um funcionário.
Como associado à ACISSP de longa data, Juliano enaltece a importância da Associação Comercial em São Sebastião do Paraíso. Quando se sabe que ela promove ou é parceira em algum evento, por exemplos cursos, sabe-se que há credibilidade.