RESPIRADORES

ACISSP doa respiradores para Sta. Casa e Prefeitura  

Por: Nelson Duarte | Categoria: Cidades | 04-05-2021 16:27 | 737
Foto: Nelson P. Duarte/Jornal do Sudoeste

A Santa Casa e a Prefeitura de São Sebastião do Paraíso receberam na manhã de segunda (3/5) equipamentos para tratar de pacientes com insuficiência respiratória, doados pela Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e Serviços de São Sebastião do Paraíso, ACISSP. O mecanismo de respiração artificial, de acordo com testes,  pode reduzir em até 60% a necessidade de internação em UTI.

A ACISSP doou 15 capacetes Elmo para a Santa Casa e cinco para a Prefeitura. Ao fazer a entrega do equipamento ao provedor da Santa Casa, Fernando Montans Alvarenga, e ao prefeito Marcelo de Morais, o presidente da ACISSP, Ailton Rocha de Sillos salientou que o município encontrou problema sério com Covid 19, e que a Associação quis oferecer sua parcela de contribuição.

Sillos disse que se faz um trabalho conjunto, o resultado é bom para todos. “Ficamos sabendo que a utilização desse equipamento tem evitado a ida de pacientes para UTIs. Procurei pelo provedor da Santa Casa, Fernando Montans Alvarenga, e disse que tínhamos a chance de adquirir essas máscaras Elmo, e ele afirmou que entraria em contato com o pessoal da área técnica. No mesmo dia recebi ligação da Cidinha Cerize que é fisioterapeuta responsável por um setor naquele hospital, dizendo ter achado a ideia interessantíssima”, diz o presidente da ACISSP.

“Procurei também o prefeito que também mostrou interesse do equipamento para ser utilizado no Centro Covid da Prefeitura. E destinamos cinco para a Prefeitura e 15 para a Santa Casa”, salienta.

A princípio a intenção seria adquirir os respiradores através da FIEMG, no entanto era um equipamento mais caro e poderia haver certa demora na entrega, e optamos em fazer a doação dos respiradores Elmo, com recursos próprios da ACISSP. Entramos em contato com o fabricante no Estado do Ceará, efetuamos o pagamento à vista, e hoje fazemos a entrega, ressaltou.

Sillos lembra que nesse período de pandemia, a Associação como forma de incrementar vendas e revitalizar o comércio paraisense, promoveu três campanhas com recursos próprios, sem nenhum custo para associados. “Distribuímos recursos financeiros para diversas instituições, dentro do espírito da Associação. Não somos de fazer propaganda, fazemos com discrição, temos que olhar esse lado”, enfatiza.

Fizemos investimento na certeza que será um benefício para a nossa comunidade, vamos evitar mortes, salvar vidas. Temos o apoio de nossos diretores, incondicionalmente, e isso é muito importante.  O mais importante para nós é que estamos contribuindo, essa é que foi a nossa posição nesta história, concluiu Ailton Sillos.

“É equipamento de suma importância, podemos utilizar nos pacientes antes de irem para a UTI, e para a Santa Casa. São novos, foram testados em outros lugares, com comprovação científica que realmente funcionam. Ajudam pacientes respirarem de maneira mais fácil”, disse Fernando Alvarenga.

O provedor agradeceu ao presidente Ailton Sillos, e a ACISSP, ressaltando que “para sairmos de uma crise semelhante à dessa pandemia, atos não podem ser isolados, devem ser conjuntos, conforme frisou Sillos. Se cada um puder fazer a sua parte, teremos melhor resultado e sair desse momento turbulento o mais rápido possível”.

O prefeito Marcelo de Morais disse que cinco respiradores para o Centro Covid da Prefeitura, que contém 14 leitos, significam 30% de possibilidade de uso, e consequentemente, evitar que o paciente precise ir para a Santa Casa. Estamos tentando segurar o máximo possível, e fazer as intervenções no Centro Covid. A ACISSP nos proporciona mais uma ferramenta no combate ao vírus. Só temos a agradecer ao presidente Ailton Sillos, afirmou.

Marcelo renovou o pedido para que a população faça sua parte, com o uso de máscara, mantenha distanciamento social, se higienize de forma correta. Vamos percebendo as pessoas que realmente querem ajudar a administração no contexto de que realmente algo pode ser feito. Esses capacetes são um ganho a mais para o Centro Covid principalmente para atendimento de pessoas que chegam reclamando falta de ar. Conseguiremos fazer respiração menos evasiva, de modo que não o paciente tenha contato com o oxigênio de uma forma sem perda, disse o prefeito.

A fisioterapeuta e vereadora Cidinha Cerize que é chefe do setor de fisioterapia da Santa Casa, disse que se sentia realizada ao receber um sonho de consumo, referindo-se aos respiradores doados pela ACISSP. “O equipamento Elmo é interface, para fazer ventilação não invasiva, enquanto o paciente ainda não foi intubado. Essa máscara proporcionar a melhora do paciente Covid positivo, evitando também sua intubação. É confortável, faz menos pressão no rosto do paciente evitando lesões, e de forma que ele possa conversar. É um recurso sofisticado que hoje está em nossas mãos e que a equipe vai usar com muita alegria na Santa Casa” salientou.

Mudança de “onda”
Sobre o fato de ter mantido o município na onda vermelha, sendo que semana passada de acordo com o Minas Consciente, poderia ter migrado para a “onda amarela”, Marcelo Morais disse que deve haver novo decreto, mas ainda com algumas ressalvas. “Temos analisado os números em relação a Paraíso, e sabemos que os dessa semana o município pelo que está sendo avaliado voltará com certeza à onda verde. Mas todo o cuidado é pouco. Quando o Minas Consciente avança para o verde, algumas pessoas entendem que já podem tirar a máscara, e sair para as festas, não é esta a orientação da Prefeitura”.

Nesta semana chegaremos à vacinação de pessoas na faixa de idade de 60 anos. Provavelmente até o final do mês eperamos que todos na faixa dos 60 anos já tenham tomado a vacina. E teremos uma ferramenta a mais para combater aqueles maiores índices de óbitos em pessoas acima de 60 anos. A tendência é os números caírem, mas devemos estar precavidos para que Paraíso não volte para uma onda vermelha, ou roxa, e prejudique a cidade, disse Marcelo Morais.

Conforme salientou, “o maior desafio ainda está em festas clandestinas que acontecem fora da cidade, o que foge à fiscalização”.