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Magrão Agro, uma referência regional

Por: Nelson Duarte | Categoria: Cidades | 08-05-2021 09:38 | 1303
Marcelo José Oliveira Silos, o Magrão
Marcelo José Oliveira Silos, o Magrão Foto: Nelson Duarte

Marcelo José Oliveira Silos, o Magrão, é vocacionado para o trabalho. E o faz de maneira prazerosa. Construiu ao lado de sua esposa Ana Lúcia Freitas Silos, uma conceituada empresa em São Sebastião do Paraíso, sendo referência regional. Em 2022 a Magrão Agro completa trinta anos de atividades. Crescimento gradativo e constante, iniciado com pequena loja na rua José Osias de Silos, quase na esquina com a praça da Abadia. Há nove anos estabelecido na avenida Oliveira Rezende, 991, a loja dispõe de incontáveis produtos, sendo o foco principal máquinas e equipamentos para o agronegócio.

Magrão é paraisense. Aos dois anos seus pais mudaram-se para a capital paulista. Quando estava com dez anos, retornaram para a terra natal.

Marcelo começou trabalhar cedo. Logo depois de voltarem de São Paulo ele trabalhou no Mundo da Criança, empresa de seu tio Carlos. Depois foi para a Comap, que comercializava tratores e implementos agrícolas. Seu pai Raul Silos era um dos seis sócios. Neste mesmo segmento, Magrão trabalhou também na Zanin.

Raul Silos desligou-se da Comap e montou a Agromac, em Passos. “Fui trabalhar com ele e fiquei seis anos em Passos, onde me casei com Ana Lúcia e tivemos meu primeiro filho, que em homenagem ao avô também se chama Ra-ul”, conta Marcelo.

Em 1992, com experiência no ramo, ele iniciou seu próprio negócio num modesto cômodo na rua José Osias de Silos. Tempos depois, Magrão Peças e Acessórios foi para a rua Dr. Placidino Brigagão, a princípio próximo à rua Alferes Patrício, depois onde havia anteriormente o Posto São José.

“Nosso ramo principal é o de agromáquinas, mas naquela época a venda de bicicletas estava em ascensão. Surgiram as de marchas, e as vendas explodiram, vendemos muitas bicicletas”, salienta.

Depois de 17 anos na rua Dr. Placidino, a empresa foi para suas amplas instalações na avenida Oliveira Rezende, onde diversificou e ampliou a linha de produtos disponibilizados, além da prestação de serviço de assistência técnica nos dois segmentos, ou seja, bikes e máquinas agrícolas de pequeno porte.

“Procurei diversificar muito, ter todo o tipo de mercadoria de modo atender as necessidades em nossa área de atuação. Procurava ter tudo quanto era procurado”, diz Magrão, ao lembrar que o crescimento aconteceu “com muita luta, dedicação, sempre procurando estar atualizado”.

Ele disse ter enfrentado momentos difíceis, por exemplo em 2004. Tivemos que nos adaptar e conseguimos seguir, conseguimos vencer. Não se pode desanimar em épocas adversas. Graças a Deus sempre tive muita fé e motivação, e o apoio de minha família. O crescimento aconteceu naturalmente, afirma.

“Aprendi muito com ele, principalmente por sua disposição e alegria como trabalha”, diz Ana Lúcia que é sócia de Marcelo. Ela ressalta também que Fabrício, seu cunhado, está na empresa desde o início, e seus sogros, Raul e Maria Zélia sempre estão presentes e sua cunhada Juliana, de igual maneira trabalhou lá por alguns anos. “A família é extremamente unida, sempre nos apoiou”, enfatiza. E a empresa continua se fortalecendo no âmbito familiar. Segundo Magrão, seus filhos Raul, fisioterapeuta, e Marcela, gastrônoma, se interessaram e foram somar esforços, e “estão ajudando bem para a expansão dos negócios”.

Alavancados pelo agronegócio que tem sido o carro-chefe na economia do país, Magrão Agro não sofreu reflexos negativos nesse um ano e pouco em que a pandemia causou estragos a vários segmentos produtivos. “Nosso ramo não parou, tivemos até aumento nas vendas”, observa.

Representante em Paraíso e para a região de empresas como Husqva-rna, Honda, Jacto, Makita, Burdden, Schulz, entre outras líderes de mercado, Magrão Agro comer-cializa equipamentos que vão do plantio à colheita, principalmente de café, em suas versões tradicionais ou em nas novas linhas de motosserras, roçadeiras, cortadores de grama, grande diversidade de produtos à bateria.

“É uma inovação. Acabou o problema, baterias não duravam e foram aperfeiçoadas, se tornaram duráveis, e podem ser carregadas em vinte minutos, utilizáveis em máquinas e ferramentas para casa e jardim, como em sítios e fazendas”, explica Ana Lúcia.

Adequando-se às tendências de mercado, Magrão efetua vendas pelo sistema e-commer-ce, por redes sociais, o que hoje lhe representa 15% do faturamento.

Filiado à ACISSP desde que se estabeleceu, Marcelo diz que a Associação Comercial e Industrial presta excelente serviço, é um apoio que comerciantes têm. “A gente sente segurança em ser associado, pelos serviços que nos são oferecidos, de apoio jurídico ao acesso a crédito no BDMG. A campanha para revitalização do comércio feita no ano passado nesse período de pandemia cumpriu sua finalidade, e esse ano novamente se repete. Isso é muito bom”, afirma Marcelo.

No ensejo do bicentenário do município, Ana Lúcia, natural de Carmo do Rio Claro, diz se sentir paraisense, ressaltando que Paraíso cresceu muito, tem grande potencial. “Desejo que melhore e progrida mais ainda”, disse.

Marcelo José Oliveira Silos, o Magrão que seguiu o ramo de seu pai e se tornou uma referência regional, também vislumbra o desenvolvimento e mais oportunidades para os paraisenses de modo geral. A cidade quando atinge determinado número de habitantes, se expande rapidamente, salienta.