Fio de esperança
Por: Sérgio Magalhães | Categoria: Esporte | 21-06-2021 09:02 | 5931
A promessa do governador de São Paulo, nesta semana, de que até setembro toda a população do Estado estará vacinada contra a Covid-19, acende um fio de esperança de que o GP de São Paulo, marcado para 07 de novembro, possa ser realizado e com público nas arquibancadas de Interlagos. Tanto é que a organização iniciou nesta sexta-feira (18) a venda de impressos.
No ano passado a prova, ainda sob a alcunha de GP do Brasil, foi cancelada por conta da pandemia. Agora, com o novo contrato firmado no começo do ano, que se estenderá até 2025, a etapa brasileira da F1 passa a se chamar GP de São Paulo. A organização trabalha neste momento com a convicção de que haverá corrida, porém, ainda falta a confirmação da Liberty Media, dona da F1.
O Brasil ainda vive o caos da pandemia, muito disso reflexo dos efeitos colaterais da mais absurda politização que poderia acontecer no país com um problema tão sério de saúde pública. E situação daqui vem sendo monitorada lá fora, principalmente pelo governo do Reino Unido, que tem colocado vários países na lista vermelha, o que dificulta as operações da F1 já que a maioria das equipes, e profissionais que viajam para as corridas são procedentes da Inglaterra. E o Brasil é um dos países que está nessa lista vermelha.
Até aqui, quatro corridas já foram canceladas. China, Vietnã, Canadá e Cingapura. Mas a Liberty quer manter o propósito de realizar as 23 etapas programadas, e uma das alternativas é realizar pelo segundo ano seguido duas corridas na Áustria, para cobrir a vaga deixada pelo Canadá que por sua vez seria preenchida pela Turquia, mas que não pode acontecer já que o país também estava na lista vermelha do Reino Unido. Falta ainda encaixar a vaga deixada por Cingapura.
Por conta dessas mudanças, a F1 tem a primeira série de 3 corridas seguidas este ano, começando com o GP da França, neste final de semana, e os dois próximos na Áustria.
Depois de zerar no Azerbaijão - Verstappen pelo estouro do pneu traseiro esquerdo que lhe custou a vitória, e Hamilton por um erro ao passar reto na Curva 1, a classificação do campeonato permaneceu inalterada: 105 a 101 para Verstappen.
A Mercedes, que sofreu nas duas últimas provas disputadas em circuitos de rua, agora está no território onde ela dominou em 2018 e 2019, quando a França voltou a fazer parte do calendário da F1. Lewis Hamilton está invicto nas duas vezes que correu em Paul Ricard, com duas poles e duas vitórias. Em 2019 Verstappen terminou em 2º.
Este será o 61º GP da França, o 17º no Circuito de Paul Ricard, em Le Castellet, há 40 km de Marselha. A França de Alain Prost e tantos nomes importantes do passado já venceu 80 GPs de F1 com 13 pilotos diferentes, o último deles, Pierre Gasly, em Monza, com a Alpha Tauri, no ano passado. Ao todo, 78 pilotos franceses já passaram pela categoria desde 1950, e atualmente o país conta com o próprio Gasly e Esteban Ocon, da Alpine, que acaba de renovar seu contrato com a equipe até 2024.
Corridas para todos os gostos
A antecipação do GP da França em uma semana gerou efeito cascata com a coincidência de várias corridas. A agenda do final de semana está cheia. Tem rodada dupla da Stock Car, e Fórmula E, hoje, e amanhã; MotoGP, F-Indy e Nascar no domingo. Tudo ao vivo nos canais Band, Cultura, Fox Sports e SporTV.