Joviana Solar, energia fotovoltaica
Por: Nelson Duarte | Categoria: Cidades | 03-07-2021 10:49 | 942
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Quando retornou do Nordeste, por onde esteve por 14 anos, ao chegar a Paraíso João Batista Brandão montou o Armazém Joviana, que se tornou conhecido do público paraisense. Atuava na área de vinhos, importados, variedade de itens que até então, não havia na cidade. Em 2014 com o setor solar chegando ao Brasil, ele observou a oportunidade, um campo cem por cento a ser desbravado. Assim surgiu a Joviana Solar. Joviana, conforme explica, é a junção das iniciais de seu nome, João, do de seu filho Vinícius e da esposa, Ana.
“Entendi que seria o momento de dar uma guinada, porque era um mercado totalmente sem atuação no Brasil. Campo imenso para trabalhar. Foi quando migrei. Ingressei em um curso em Ribeirão Preto com duração de dois anos, e comecei trabalhar na região, focando primeiramente em Paraíso, e aos poucos a área de atuação foi se expandindo”, explica. Hoje a Joviana Solar em parceria com a Rossi Service, empresa de Batatais, tem dezenas de obras instaladas em Minas Gerais e interior de São Paulo.
João Batista lembra que tudo demanda energia, e a procura pela solar fotovoltaica tem sido grande, tanto na área urbana para residências, indústria e comércio, como na zona rural. “Você vê o agronegócio, setor que sustenta o país, está em franca expansão. São pessoas altamente capacitadas, com visão extraordinária de futuro, de empreendedorismo, e quando se fala em agro, a energia elétrica está presente. Todos grandes empresários do agro, proporcionalmente a sua capacidade financeira, estão investindo muito em tecnologia. Inovando seus parques de máquinas e implementos, e na cafeicultura, muito forte em nossa região, você vê que são colocados secadores, máquinas de beneficiamento de café, e tudo isso demanda energia”.
A rede instalada na zona rural de São Sebastião do Paraíso, conforme explica, está passando por transformação profunda, executada pela concessionária Cemig que está fazendo a adequação de rede em praticamente toda região. Onde havia monofásica, têm que ter trifásica para atender a utilização de novos equipamentos, aquilo que o fazendeiro e o sitiante esperam.
Algumas estruturas de fazendas já podem ser comparadas às demandas de indústrias. Na região há empreendedores na zona rural que têm demanda muito alta, produtores com volumes bastante altos, e estão passando por grande transformação, e nesse setor é crescente a instalação de energia solar fotovoltaica, salienta.
João Batista Brandão é empreendedor. Começou trabalhar cedo. Seu pai foi funcionário da Companhia Cimento Itaú, operador de usina hidrelétrica. “Nasci nas imediações de Itaú de Minas. Trabalhei na zona rural com ele, e muito cedo vim para Paraíso. Morei com minha irmã. Inicialmente trabalhei como pacoteiro no Supermercado Mineirão, na oficina mecânica de Otávio Capatti, depois com Orivaldo Quintano. Após de meus primeiros estudos em Paraíso retornei para Itaú de Minas, e ingressei na Cimento Itaú, já pertencente ao Grupo Votorantim onde trabalhei por seis anos. Em seguida fui para o Nordeste onde fui diretor comercial de grande distribuidora na área de informática”, conta.
“Graças a Deus a Joviana Solar tem crescido bastante, porque o mercado está sedento por energia”, enfatiza. Essa alternativa ganha mais espaço quando setores do governo têm alertado para a previsão que problemas climáticos venham afetar a produção de energia por usinas hidrelétricas. Nesta semana o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque em comunicado ao país, mostrou-se preocupado com um possível “apagão”.
João Batista Brandão diz “ser prudente que todos os empresários que demandam maior quantidade de energia estejam atentos a isso, porque realmente é possível ocorrer. O Brasil, mesmo com todas as dificuldades que atravessamos, motivado pela pandemia e a questão política, vem crescendo, independente de contaminação (pandêmica e questão política). Está crescendo pela atuação empresarial, porque corre na veia de empresários com naturalidade. Então, na proporção em que está crescendo, é muito provável que aconteça o “apagão”, e para que a gente possa amenizar essa situação, é importante que o empreendedor veja no investimento no setor de energia solar fotovoltaica, uma alternativa, para que sua atividade de negócio não pare”.
O diretor da Joviana Solar pondera que maior número de energia fotovoltaica injetada nas redes do parque instalado no Brasil irá aliviar a carga, e possivelmente os negócios não irão cessar. Além disso, há outros fatores a serem levados em conta, como a contribuição para com o meio ambiente, garantia do seu próprio negócio e redução nos custos que estão muito altos quando se fala em energia elétrica, para empresários, e até mesmo nas residências. “Pesa para todos. A energia solar fotovoltaica vem contribuir para aliviar custos que podem chegar a 90% - 95% de redução, após o sistema instalado”, salienta.
Sobre custo de implantação João Batista Brandão explica que “quando ingressou nesse mercado há sete anos, o tempo de retorno do investimento feito em energia solar fotovoltaica era em torno de oito nove anos, e em Minas Gerais atualmente está em três, a três anos e meio”.
Ao mencionar Minas Gerais, ele explica ser um dos estados onde se cobra mais caro pelo kilowatt/hora, e sendo assim, será mais rápido o retorno do que for investido em energia solar fotovoltaica.
Ao ACISSP em Foco, o diretor da Joviana Solar disse gostar de proatividade. “Quando vejo pessoas que têm o senso de ajuda que vem com sinceridade, sem nenhum interesse, que estão trabalhando com seriedade em prol do município, do crescimento de todos à sua volta, é muito gratificante. Vemos a seriedade com que a Associação Comercial e Industrial trabalha com o comércio paraisense. Instituição estruturada, muito bem coordenada, ano a ano levando e agregando valores ao comércio. O beneficiado é o consumidor. O comércio cada vez mais forte, mais organizado, mais bem representado se reverte em benefício do consumidor. A ACISSP tem administração séria e capaz, que proporciona tranquilidade ao empresariado paraisense, ao ser bem representado”.
Enfatiza que Paraíso é uma cidade maravilhosa para se viver, povo maravilhoso. “Estamos com grande oportunidade na mão de ir melhorando a cada dia, com energia positiva, pensamentos positivos, de acreditar, para construirmos um futuro melhor, e para isso é preciso a participação de todos. Acho importante neste momento que atravessamos com todas as dificuldades que o mundo enfrenta, pessoas que estão com o coração aberto se dedicando 24 horas de seu tempo, em prol de seu próximo. Não é fácil. É importante que a população, o empresariado apoiem, que invistam para um município melhor, conclui João Batista Brandão.