São Sebastião do Paraíso e cidades da região Sul de Minas evoluíram para a onda amarela do plano Minas Consciente, de retomada econômica do Governo do Estado. A decisão foi anunciada na tarde de quinta-feira,15, durante reunião virtual do Comitê Extraordinário Covid-19, que se reúne semanalmente para discutir a situação da doença. A melhora de todos os indicadores da covid-19 em Minas Gerais leva o estado à fase de maior controle da pandemia desde o início do ano.
Diante da melhora, o grupo aprovou a evolução da macrorregião de Saúde Sudeste para a onda verde do Minas Consciente e da Norte e Sul para a onda amarela. Desta forma, 12 das 15 localidades estão atualmente nas ondas mais flexíveis do plano, criado pelo governo estadual para promover a retomada segura e gradual da economia.
Apenas três regiões se encontram em onda vermelha, mas nenhuma delas possui a classificação de Cenário Epidemiológico e Assistencial Desfavorável, o que inviabilizaria, por exemplo, a volta às aulas. As mudanças entram em vigor a partir de sábado,17 de julho.
Na onda amarela é permitida a realização de eventos com lotação máxima de 300 pessoas ou 30% da capacidade em ambientes fechados; 600 pessoas ou 50% da capacidade em ambientes ao ar livre. A duração pode ter realização máxima de 6 horas e é permitido o funcionamento no período de 7h às 23h.
A taxa de incidência, que mede a circulação do vírus na sociedade, caiu 23% nos últimos 14 dias, e é a oitava menor do país. Já a confirmação de Síndrome Respiratória Aguda Grave provocada por covid chegou a 58% na última semana, o menor número desde janeiro. A positividade, indicador que mede o número de pessoas com sintomas gripais que testam positivo para covid-19, também saiu do patamar de 30% a 49% para menos de 30%, variando entre 26% e 28% nas últimas semanas.
De acordo com a SES/MG estes resultados demonstram que o vírus tem circulado menos e gerado menor necessidade de realização de exames. Aqueles que são realizados têm demonstrado menos positividade para covid-19. Se considerar que a época agora é de inverno, um período de grande circulação de outros vírus que provocam sintomas gripais, a situação está favorável.
Os gráficos mostram ainda um descolamento dos casos leves em relação as ocorrências graves e óbitos, algo que não acontecia no passado. Sempre que havia o aumento de casos leves, ele levava ao aumento de casos graves e óbitos. Agora, no pico que ocorreu no meio de junho, já não se observa o aumento proporcional nos casos graves e a evolução para óbito revelam os apontamentos da secretaria de saúde do Estado.
A mortalidade por faixa etária também apresentou uma queda expressiva na população com mais de 60 anos, grupo mais vulnerável à doença. Nas primeiras semanas de 2021 havia um acúmulo de óbitos na faixa etária 60+ de quase 90%, agora, está em 60%. Ainda é o grupo que mais concentra óbitos, mas com uma proporção muito inferior a que era registrada antes do início da imunização.