As duas últimas corridas foram trágicas para a Red Bull. No campeonato, Max Verstappen viu a vantagem de 33 pontos despencar e agora ele está 8 atrás de Hamilton. Na conta bancária, os danos no carro do holandês custaram US$1,8 milhão para a equipe, sem contar os motores, tanto de Verstappen, como de Sergio Pérez que precisaram ser trocados antes do previsto, com consequências futuras já que cada piloto tem três motores por ano, e a partir do quarto começam as penalizações com a perda de posições no grid.
Depois da batida de Silverstone, a Red Bull precisou enviar o motor de Verstappen para ser analisado na fábrica da Honda, no Japão, e embora o holandês pudesse treinar na sexta-feira, e se classificar no sábado para o GP da Hungria, no domingo a unidade precisou ser trocada porque foi detectado uma fissura no bloco.
Verstappen correu no domingo com o terceiro motor, e terá que ir com ele até o final do campeonato, mais 12 corridas pela frente. E a batida que Pérez levou de Bottas, causou sérios danos na unidade de potência do carro do mexicano, que terá que ser trocado na volta das férias de agosto.
Em duas corridas, os pilotos da Mercedes acertaram três carros da Red Bull(!), e isso levantou uma questão no paddock da F1, questionada pelo chefe da Ferrari, Mattia Binotto, que também teve prejuízos na Hungria com a batida que Charles Leclerc levou de Lance Stroll: Quem paga a conta?
Para Binotto, quem causa o acidente deveria pagar os danos, e ganhou o apoio do chefe da Red Bull, Christian Horner.
Mas, nas entrelinhas, isso tem como pano de fundo uma tentativa das equipes grandes em driblar o teto orçamentário de US$ 147 milhões que a F1 adotou a partir deste ano.
A maioria das equipes sequer chega perto desse teto, mas para Red Bull, Ferrari e Mercedes que gastavam cerca de US$ 400 milhões por ano, estão passando apertadas com o limite estabelecido, tendo que fazer esta temporada e o projeto dos carros do ano que vem.
Vale lembrar que para aceitar a experiência com as mini corridas - a primeira foi realizada em Silverstone, e as outras duas deverão ser em Monza, e em Interlagos -, as equipes exigiram um extra de US$500 mil para reparos em caso de batidas, e um adicional de US$1,2 milhão por corrida, quando o calendário ultrapassar o número de 21 GPs. Esse ano serão 23 corridas, portanto, US$2,4 milhões a mais para cada uma.
Mas fora o lado político de querer mudar o teto orçamentário, como uma Williams, ou Haas, que estão de chapéu na mão, pagaria os custos de um acidente causado por seus pilotos? Tem mais: que liberdade o piloto terá ao disputar uma posição roda a roda, sabendo que se causar um acidente, sua equipe terá que pagar a conta? Não faz o menor sentido.
Grid sem carro(?!)
Um fato tão inusitado quanto bizarro marcou o GP da Hungria, no último domingo: Lewis Hamilton largou sozinho do grid, enquanto os outros pilotos foram para os boxes trocar os pneus intermediários pelos de pista seca.
E como teria sido a largada, caso Hamilton também tivesse se dirigido para os boxes na volta de apresentação?
Michael Massi, diretor de provas da F1 disse que o procedimento aconteceria normalmente: As cinco luzes vermelhas iriam se acender, mesmo sem nenhum carro no grid, e assim que elas apagassem, a luz verde posicionada na saída dos boxes acenderia e os carros partiriam como se estivessem largando dos boxes.
“Dia dos pais: a minha homenagem a todos vocês, e um beijo e abraço especial ao meu querido pai. Hoje vamos nos brindar com uma xícara de café!”