RECANTO FELIZ

Pode parecer incrível: há quase 17 anos, Recando Feliz continua sem energia

Por: Sebastião Tadeu Ribeiro | Categoria: Cidades | 20-01-2023 21:54 | 1803
Em junho de 2018, dezenas de proprietários de imóveis no Recanto Feliz foram à Câmara reivindicar providências. Caso ainda não foi resolvido
Em junho de 2018, dezenas de proprietários de imóveis no Recanto Feliz foram à Câmara reivindicar providências. Caso ainda não foi resolvido Foto: Arquivo

Em 28 de agosto de 2022, o Jornal do Sudoeste publicou matéria com o seguinte título: Liberada licença ambiental para o Loteamento Recanto Feliz.

Nela, informamos que a Secretaria Municipal de Meio Ambiente de São Sebastião do Paraíso, através do secretário Renan Jorge Preto solicitou aos moradores do Recanto Feliz que ainda não tinham feito em suas casas fossa séptica, para que fizessem. Ressaltamos que as fossas sépticas são também uma exigência da Cemig para poder colocar energia elétrica no referido loteamento que no próximo mês de julho deste ano irá completar (17 anos e que dezenas de moradores de lá não têm energia elétrica em seus lares).

Proprietários de imóveis fizeram fossas sépticas, e foram convidados pela Cemig a assinarem um contrato com cláusulas para saberem quais a quantidade de aparelhos elétricos que os moradores tem em suas residências, por questão de média de consumo de KWS, para aquela empresa poder liberar energia elétrica no loteamento rural. A Cemig já liberou o proprietário criador do loteamento a instalar o posteamento para colocar energia elétrica para moradores que ainda não têm.

Nesta semana a reportagem do JS foi até o Recanto Feliz para saber dos moradores se já tem alguma providência referente a colocação de posteamento no loteamento, e a resposta foi que ainda não. O JS entrou em contato com a Prefeitura para saber o porquê.

O senhor prefeito Marcelo Morais informou o seguinte: A Prefeitura informa que já foi solicitado a loteadora responsável pelo Recanto Feliz todas as documentações requerendo a adequação a lei complementar 52/19, que dispõe sobre a regularização fundiária urbana e rural e a criação de zonas de urbanização de interesse específico.

Ao município foram encaminhados diversos documentos, mas em desacordo com a legislação, sendo necessários para que a Prefeitura autorize o empreendimento. Até que a documentação esteja de acordo com que preconiza a lei, o município não tem como autorizar qualquer que seja o empreendimento em situação irregular.

Marcos Antônio de Paula e Mauro Andrade, moradores há mais de 13 anos no Recanto Feliz, disseram que eles e os demais moradores do referido loteamento, se sentem humilhados, ludibriados pelo responsável da criação do Recanto Feliz e também abandonados pela Prefeitura que tem sim responsabilidade em os deixar sem energia elétrica em seus lares, o que já vai completar 17 anos no próximo mês de julho.