As equipes marcam a data, a F1 lança o calendário de apresentações dos novos carros, mas na hora do vamos ver, surge o carro para inglês ver! Já virou moda desde os últimos anos e dessa vez não foi diferente. Foi assim no lançamento da Haas, da Red Bull e da Williams. Apenas a Alfa Romeo mostrou o carro real na apresentação do modelo C43, mas que não diz muita coisa. Os segredos são sempre bem guardados e só vão sendo desvendados à medida em que eles começarem a ir para a pista nos testes de pré-temporada que este ano serão apenas três dias, de 23 a 25 deste mês no Bahrein e uma semana depois, lá mesmo, será dada a largada para a primeira corrida do ano no dia 25 de março.
Até aqui o que vimos foi o esquema de cores das equipes. A Haas foi a primeira a mostrar imagens digitalizadas do modelo VF-23 que será pilotado por Kevin Magnussen e pelo alemão Nico Hulkenberg que retorna à F1 depois de 3 anos em que passou fazendo apenas algumas corridas esporádicas substituindo pilotos ora com covid, ora por outros motivos.
A equipe norte-americana vem de uma temporada que poderia ter sido melhor não fosse a inconstância de Mick Schumacher que acabou demitido para a chegada de Hulkenberg. Com mais dinheiro em caixa, a Haas vislumbra ir além do 8º lugar do ano passado em que conquistou uma inédita pole position com Magnussen em Interlagos. O carro ganhou mais da cor preta se contrastando com a cor branca predominante do ano passado.
O grande lance do dia reservado para a Red Bull mostrar também o esquema de pintura do modelo RB19 do campeão Max Verstappen e de Sergio Perez foi o anúncio da parceria com a Ford que na prática vai financiar a construção do motor de 2026 pela própria Red Bull em sua divisão Powertrains. A parceria com a Ford começa agora, mas visando apenas 2026 quando a F1 terá um novo regulamento de motores com mais eletrificação e combustível sintético 100% sustentável. Até 2025 a equipe campeã dos dois últimos anos com Verstappen continuará sendo empurrada pela Honda.
A Williams também foi na mesma linha e mostrou apenas as cores do que será o modelo FW45 que nem está pronto. O layout apresentado continua muito parecido com o do ano passado, mas a chegada da petrolífera Gulf Oil, marca icônica do automobilismo nos anos 1960/70, que estava na McLaren até o ano passado, pode mudar o visual dos carros de Alex Albon e do estreante norte-americano Logan Sargeant.
Por fim, a Alfa Romeo, a única a mostrar um carro de verdade na apresentação. O C43 é o último modelo que leva o nome da montadora italiana. Na verdade, a equipe em questão é a Sauber, que promove a Alfa Romeo numa estratégia de marketing da marca italiana. A partir de 2026 a equipe será comandada pela Audi que promete vir com força para a F1 como equipe de fábrica e fornecedora de motores. Valtteri Bottas e Guanyu Zhou seguem como pilotos para esta temporada e o carro ficou rubro-negro com a chegada de um novo patrocinador do ramo de apostas.
Hoje será a vez da Alpha Tauri e na próxima semana tem Aston Martin, McLaren, Ferrari, Mercedes e Alpine completando o calendário de apresentações. Então ficamos no aguardo se será mais do mesmo ou teremos novidades. Pelo menos a Ferrari já antecipou que seu carro será batizado de SF23 (S de Scuderia, F de Ferrari e 23 referente ao ano), e a McLaren de MCL60 em homenagem aos 60 anos de sua fundação. Por trás de cada sigla há sempre um significado, como o FW45 da Williams com as iniciais de seu fundador, Frank Williams, ou o C43 da Alfa Romeo em que a letra C é de Christiane, esposa de Peter Sauber, fundador da equipe, e 43 é o número de chassis construídos pela equipe.